Sábado, 12 de abril de 2014

BRTs do Expresso DF já apresentam pane, mesmo antes de operarem em definitivo. Fotos: Calango do Cerrado.
Engarrafamento, ônibus que não dão vazão ao
transporte dos brasilienses, falta de investimento em metrô, veículo
leve sobre trilho, trens regionais. A situação de Brasília no ranking de
mobilidade urbana é uma das piores dentre as capitais brasileiras.
A cidade parou no tempo da tecnologia de transporte e insiste em investir em ônibus movido a poluentes óleo diesel. Mesmo
os BRTs do expresso DF, que o GDF teima em dizer que é um avanço, já
dão sinal de pane, conforme alguns flagrantes fotográficos.
Se de um lado não investe em transporte
coletivo, de outro o GDF e o governo Federal abusam das polpíticas
fiscais que concedem incentivos à compra de carros novos, com isenção do
IPVA, do IPTU e financiamentos a perder de vista.
Por outro lado, no lugar de investir em
transporte eficiente, como o VLT, o GDF prefere a construção de obras
faraônicas, como a garagem para dez mil carros no subsolo da Esplanada
dos Ministérios.
Brasília ganha, a cada, mês cem mil novos
carros em suas ruas. Isso, sem falar dos utilizados pelos moradores das
cidades goianas e mineiras do Entorno do Distrito Federal. A Agência
Nacional de Transporte Terrestre não dá uma solução ao caos que é o
transporte coletivo. O trem para Luziânia – via transformação da linha
da extinta RFFSA – enfrenta poderosos interesses econômicos dos
empresários do transporte coletivo. Para a saída Norte, o GDF insiste em
ônibus para transportar milhares de pessoas, quando moradores de
Formosa, Planaltina, Sobradinho, Colorado e Lago Norte poderiam ser
assistidos com transporte sobre trilhos
Leia também:
- Transporte público: Agnelo inaugura o superado
- Adeus VLT! Agnelo sucumbe ao lobby dos ônibus
- Lobby tenta impor tecnologia atrasada de ônibus sobre trens, metrôs e VLTs.
- Brasília é apontada como uma das piores capitais em termos de mobilidade urbana
- Sistema de ônibus que Agnelo quer implantar em Brasília não teve êxito em Buenos Aires
- Sistema de ônibus que Agnelo quer para Brasília não suporta demanda de Bogotá
Com quase R$ 4 bilhões em caixa, repassados
pelo governo federal, o GDF não consegue tirar do papel a expansão da
linha 1 do metrô – sentido Asa Norte, Setor O da Ceilândia e Samambaia –
nem o VLT, que aguardam o início das obras desde 2009.