Sexta, 9 de janeiro de 2015
Camila Boehm - Repórter da Agência Brasil*
A manifestação contra o aumento da tarifa do
transporte público na capital paulista se dispersou por volta das
19h30, por causa da depredação de agências bancárias e da reação da
Polícia Militar (PM), que atirou bombas de gás lacrimogênio entre os
participantes. Houve correria dos manifestantes e a marcha se dividiu em
várias passeatas menores.
O protesto estava concentrado
na Rua da Consolação, nas proximidades da Avenida Paulista, quando um
grupo de mascarados passou a caminhar na contramão da via, em meio aos
carros que transitavam no sentido contrário. A polícia interveio e houve
confronto.
Agências bancárias foram depredadas, lixeiras
incendiadas e pedras atiradas nos carros da polícia. Os policiais
reagiram com bombas de gás lacrimogênio. A Polícia Militar (PM)
confirmou que, até o momento, deteve 32 pessoas, que foram encaminhadas
para a 78ª Delegacia de Polícia, no bairro dos Jardins.
Houve
confronto entre polícia e manifestantes mascarados na Rua da Consolação
e na Avenida Angélica, também nas proximidades da Avenida Paulista.
Segundo a PM, há focos de incêndio na Rua Haddock Lobo e na Avenida
Angélica. As estações de metrô Trianon Masp e Consolação, ambas na
Avenida Paulista, estão fechadas.
O Movimento Passe Livre (MPL) e
defensores da ideia voltaram hoje (9) às ruas de São Paulo para
protestar contra o aumento da tarifa nos transportes (metrô, trem e
ônibus), de R$ 3 para R$ 3,50. O reajuste entrou em vigor terça-feira
(6). Os manifestantes se reuniram no Theatro Municipal e saíram às 18h15
em passeata com destino à Praça do Ciclista.
De acordo com a PM,
2 mil pessoas participaram do ato. Aproximadamente 800 policiais foram
destacados para acompanhar a manifestação. Viaturas da Tropa de Choque
foram vistas em deslocamento pela Avenida Angélica.
Em junho de
2013, diversas manifestações tomaram conta da cidade, por causa do
anúncio de aumento das passagens de R$ 3 para R$ 3,20. A reação da
população teve sucesso e o valor da passagem voltou a R$ 3.
*Colaborou Bruno Bocchini