Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

COM LULA OU SEM LULA, AGORA E NA ELEIÇÃO DE 2018

Quinta, 1 de fevereiro de 2018
Por
Helio Fernanes*

E até se julgando vencedores, sem credenciais, sem passado, presente, e seguramente sem futuro. Pelo menos político.

Com o descaso, o desinteresse e até o desprezo da opinião publica, foram surgindo nomes os mais  descaracterizados, disparatados, despreparados. Mas com a voracidade do exibicionismo de um momento ou de um instante, que pretendiam prorrogar pelo maior tempo possível. Entravam e saíam do noticiário, eles mesmos chamavam isso de estratégia.

Sem esquecimento ou exaltação, um nome se fixou indelevelmente, ninguém conseguiu superá-lo: Luiz Inácio Lula da Silva. Nos mais diversos partidos ou legendas, os candidatos que são ou se pretendem presidenciais, não escondiam nem escondem: para se elegerem, precisam derrotar o ex-presidente.

Tão evidente essa supremacia, que aderiram á "solução" única: afastá-lo da disputa, torná-lo inelegível. Já tratei do assunto em profundidade, com enorme repercussão, contra e a favor. Como a conspiração contra ele, continua em gestação, esperemos o que acontecerá.

Com a excitante presença ou ausência eleitoral de Lula, o Datafolha publicou sua ultima pesquisa, "fechada" depois do julgamento de Porto Alegre. 

Lula não perdeu 1 voto, o Instituto se viu diante de um problema: em diversas simulações para o primeiro e segundo turno (que haverá de qualquer maneira), Lula ganhava de todos e de qualquer um.

O PROFISSIONALISMO JORNALÍSTICO DO DATAFOLHA

Diante desse dilema, preferiram não enganar a comunidade, optaram por publicar os resultados encontrados, COM Lula ou SEM Lula. O cidadão – contribuinte - eleitor, mesmo com um presidente no cargo que alem de corrupto, não  representa nem de longe a democracia, não perde em informação, favorecido pela opção  do Instituto. 

Este repórter, convencido de que o jogo ainda está sendo jogado, e que se a democracia for mantida, Lula  não perde para ninguém, examino os supostos adversários usando meus próprios dados e informações. (E não levando em consideração o que dizem os juristas de aluguel: "Lula pode concorrer, ganhar, tomar posse, mas não governa". È muita audácia  e confissão da conspiração judiciária).Vamos á analise, SEM LULA.

Marina Silva-Será a provável favorita. Teve 20 milhões de votos em 2010, 19 milhões em 2014. Os 35% do Lula serão esquartejados, ela ficará com 15 ou18%.

Ciro Gomes- Herdará muito voto do Lula. È a terceira candidatura, perdeu pra ele mesmo. Agora está mais comedido e menos agressivo com pessoas e bem preparado e competente em problemas.

Geraldo Alckmin - Só coloco o nome dele, se apresenta como  candidato, não  chega a 10%. Desde 1994 morando e trabalhando no Palácio Bandeirantes. Disputou  a presidência em 2006, não foi para o segundo turno. Agora, se passar de 5 ou 6%, ninguém do PSDB acreditará.

Luciano Huck - Nunca foi candidato para valer. Acabou de vender sua riquíssima e  luxuosa mansão na Costa Verde. Dizem que é para financiar a campanha. Tem que deixar o programa de TV, até 7 de abril. Desiste antes.

Jair Bolsonaro - Foi sempre o candidato do medo. E com toda a razão. Defende o que o mundo tem de pior, a começar pela tortura, arrogância e incompetência. Era elogiado por não ser acusado na Lava-Jato. 

Vem caindo bastante depois da acusação de desonestidade e da fortuna mensal que ele e os 3 filhos recebem dos cofres públicos. Não tem uma chance em 1 milhão de ser presidente. Ficará sem mandato parlamentar, voltará a ser um inexpressivo capitão da reserva.

Joaquim Barbosa - Está tentando ser presidenciável ou vice de Dona Marina. È um enganador, e quando ministro do STF, um engavetador de processos. Com um deles ficou 43 meses, foi despachando outros que chegavam muito depois. 

Denunciei o fato ainda na Tribuna da Imprensa, uma semana  depois se deu por  impedido, devolveu o processo sem relatar. Carreirista nato.

PS- Impossível definição mais ou menos correta, numa eleição visivelmente anti - democrática.
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