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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 1 de março de 2021

SITUAÇÃO CRÍTICA: Sociedade Paulista de Infectologia recomenda que governadores determinem lockdown

Segunda, 1º de março de 2021

Com um ano de pandemia, Brasil entra na lista das três nações com os piores números - Michel Dantas/ AFP

Organização afirmou que se cenário continuar do modo em que se encontra, haverá colapso da saúde

Brasil de Fato | São Paulo (SP)

A Sociedade Paulista de Infectologia (SPI) publicou, no último sábado (27), uma nota na qual expressa preocupação com a situação da pandemia de covid-19 no Brasil, mais especificamente no estado de São Paulo.

Segundo dados do Conselho de Secretarias Estaduais da Saúde (Conass), o país registrou nos últimos sete dias a média de 1.205 mortos por covid-19. Em números absolutos, São Paulo segue concentrando a maior quantidade de vítimas. Até agora, foram 59.492 óbitos.

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No documento, a SPI afirma que “há uma total desconexão da vida cotidiana com a realidade da pandemia”. A organização explica que o fato de o Brasil ter novas variantes em circulação, somado à ausência de um programa nacional efetivo de imunização, bem como de medidas de prevenção e controle, coloca o país em um outro patamar de risco. 

“Pacientes graves têm alta taxa de morte e graves sequelas a despeito dos melhores recursos assistenciais. Que dirá em meio ao caos em que até oxigênio pode faltar? Na prevenção, uma vacinação lenta, em recortes populacionais, está fadada a não resultar em proteção efetiva em tempo oportuno”, afirma a organização em nota. 

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A SPI também defende que nesse ritmo, em que marcas expressivas de óbito e infectados ocorrem em intervalos cada vez mais breves, não podemos ter outro cenário em mente, se não, o colapso da saúde. E em meio ao caos não há vida, não há economia, não há nada além do que o incerto”.

Diante do cenário, a SPI recomenda aos governadores e ao presidente da República que concretizem as medidas de segurança entre a população, como lockdown, restrições maiores a serviços não essenciais, toque de recolher prolongado, testagem em massa e rapidez na vacinação. 

Clique aqui para ler a nota na íntegra.

Edição: Rebeca Cavalcante