Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Reviravolta na bancada eleita no Distrito Federal?

Terça, 6 de dezembro de 2022

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

Contas eleitorais irregulares pode ensejar pedido de cassação dos mandatos de Damares Alves (Republicanos) e Bia Kicis (PL). Eventual perda de mandato de Damares beneficiaria sua principal oponente nas eleições, Flávia Arruda (PL). Já a cassação de Kicis ampliaria a bancada do PT. Fotos da Agência Brasil.

Por Chico Sant’Anna

A bancada federal do DF, eleita para 2023, arrisca mudar radicalmente. Dois fortes expoentes do bolsonarismo candango correm o risco de não tomarem posse enquanto parlamentares, devido a irregularidades em suas contas eleitorais. Damares Alves (Republicanos), que obteve para o Senado Federal 714.562 votos (44,98% dos votos válidos); e Bia Kicis (PL), a mais votada para a Câmara, com 214.733, tiveram suas contas questionada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e pelo Setor de Contas do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF). Caso o TRE acate o parecer do MPE e rejeite as contas, isso criará base legal para pedido de cassação das duas parlamentares. Isso ocorrendo, no caso do Senado Federal, a beneficiada seria a deputada Flávia Arruda (PL), a segunda mais votada. A eleição não seria anulada, pois Damares não chegou a ter mais de 50% dos votos. Procurada, Flávia não quis comentar a situação.

Já na Câmara Federal, eventual cassação de Bia Kicis rebuliçaria a composição de toda a bancada, pois seus votos seriam considerados nulos e haveria a necessidade de se recalcular o coeficiente eleitoral. Dependendo do resultado, até mesmo a eleição do Coronel Alberto Fraga (PL) poderia ser afetada. Fraga obteve 28.825 e foi eleito graças à boa votação de Kicis. Eventual cassação de Kicis favoreceria dois nomes do PT: Ruth Venceremos e Policarpo.