Segunda, 4 de abril de 2016
Portal Notibras
Layla Andrade
Utilizar o Sistema Único de Saúde pode ser uma experiência desastrosa
ou até mesmo mortal. O que era para ser o socorro para o povo se tornou
um pesadelo – além das longas filas, falta de infraestrutura, escassez
de remédios, ausência de médicos do próprio sistema. E a experiência de
terceirização do SUS, que parecia ser uma luz no fim do túnel, vem
trazendo um mar de dúvidas.
Enquanto o paciente pena em longas filas nos hospitais públicos de
Brasília, trama-se um novo golpe nos corredores palacianos e da Câmara
Legislativa. Cala-se sobre a CPI da Saúde e acena-se com a chegada na
cidade das famigeradas OSs (organizações sociais) para ocupar o lugar do
Estado.
Há quem sustente que essas entidades não têm fins lucrativos. Mas o
que se viu em outras cidades onde o modelo foi implantado, foi outra
coisa. A ideia básica é que tais serviços, não incluindo o exercício do
poder, seriam mais eficientes se operacionalizados pelo setor público
não-estatal. Seria.