Quarta, 16 de novembro de 2011
Foto: Google
Acorda, governador Jaques Wagner. A função constitucional de fiscalizar a aplicação dos recursos públicos do povo baiano é sua. Especialmente sua. É para isso que existe o Controle Interno.
Essa política brasileira está cada vez mais confusa mesmo. Ou então são os políticos que são mestres em fazer confusão na cabeça do eleitor.
Veja só. Na semana passada o
governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), confessou sua incompetência para
fiscalizar a aplicação do dinheiro público em seu governo. Como solução apontou
que cabe à população e à imprensa controlarem o uso das verbas públicas da
Bahia. Deve a imprensa denunciar atos de corrupção.
Deve ter comido acarajé em
demasia. E mais ainda, misturado com caruru, vatapá, xinxim de galinha e camarão
na moranga e mais um caldo de sururu. Tudo depois e antes de uma batida de cachaça lá pras bandas do Mercado Modelo. Deu um danado de desarranjo na cabeça do carioca governador da
Bahia. Só pode. Como é que ele quer que a fiscalização seja atribuição dos blogueiros
e jornalistas “canalhas”, como assim chamou o presidente nacional do PT, Rui
Falcão, em evento do partido realizado no último sábado aqui em Brasília?
Rui Falcão esbravejou que as
denúncias de corrupção nos inúmeros ministérios e órgãos públicos do governo
Dilma e também as acusações ao governador de Brasília, o neo-petista Agnelo
Queiroz, é uma orquestração de canalhas. E indicou, na oportunidade, quem são
os canalhas: Os jornalistas e os blogueiros que veiculam as roubalheiras do
dinheiro público.
No caso da Bahia, seria
transferir aos “canalhas” da imprensa a obrigação de fiscalizar os roubos dos verdadeiros
canalhas do serviço (desserviço) público, obrigação constitucional que é de
Jaques Wagner.
O acarajé, parece, deu mesmo uma bruta diarréia
administrativa no governador baiano.