Quarta, 9 de novembro de 2011
Da CLDF
Três deputados distritais ligados à Polícia Civil cobraram do
presidente da Câmara Legislativa, deputado Patrício (PT), explicações
sobre uma entrevista publicada na edição de hoje do jornal Alô Brasília.
De acordo com Wellington Luís (PPL), distrital que trouxe à tona a
discussão no plenário, Patrício teria dito que o acordo firmado entre o
GDF e os grevistas em abril, e que acabou com a greve da categoria, não
foi um real compromisso por parte do governo.
Wellington também interpretou que o presidente, na entrevista, teria
ameaçado parlamentares que se recusam a votar enquanto não for
encontrada uma solução para o impasse na Polícia Civil, que está em
greve. “São palavras graves e quero explicações. O que significa dizer
que se não votarmos, basta vermos o Diário Oficial no dia seguinte?”,
questionou Wellington.
O deputado Dr. Michel (PSL) disse ter ficado estarrecido com a
entrevista e quis saber se as declarações ocorreram em um "momento de
descontração". O deputado afirmou que não aceita intimidações e cobrou
compromisso do governo com a categoria. “A obstrução que fazemos aqui é
regimental. Quero saber se o governo vai fazer valer o que prometeu,
dizer que o papel tem validade”, cobrou.
Cláudio Abrantes (PPS) disse que, se forem verdadeiras, as
declarações de Patrício são um desrespeito à categoria, à sociedade e ao
governo. “Não aceito enquadramento. Vou me retirar e quero ver o Diário
Oficial amanhã. Quando for do interesse da sociedade vou votar, quando
for de interesse do governo vou me retirar”.
O presidente Patrício, por sua vez, disse que não iria “botar mais
fogo na discussão” e que “não precisa rebater as acusações”. Já Roney
Nemer (PMDB) disse que conversou pela manhã com o governador Agnelo
Queiroz, que garantiu que o GDF se comprometeu a buscar ajuda com
o Governo Federal para viabilizar o reajuste da Polícia Civil, que é
pago com recursos da União.