Sábado, 22 de dezembro de 2012
Agência Senado
Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (20), o senador Pedro Simon
(PMDB-RS) fez uma avaliação do ano de 2012, destacando a “atuação
inédita e excepcional” do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento
do mensalão. Ele lembrou que a maior parte dos atuais ministros do STF
foi indicada pelos presidentes Lula e Dilma e disse que a condenação de
muitos réus ligados ao PT mostra a imparcialidade dos integrantes da
Corte.
- Não tenho dúvida
de que vamos viver outro estilo de Judiciário após o julgamento do
mensalão. A impunidade foi ferida de morte no Brasil – afirmou.
Simon lamentou a conclusão dos trabalhos da CPI do Cachoeira sem
indiciamento de nenhum dos investigados. O senador lembrou que chegou a
pedir à Comissão de Ética para investigar os integrantes da CPI, pois
“todos comentam os arranjos macabros que foram feitos”. Para Simon, a comissão “escondeu tudo debaixo do tapete”.
- Nem o seu Cachoeira foi indiciado. Eu não me lembro de nada parecido com isso no Congresso Nacional – lamentou.
Simon ainda avaliou como “uma ideia infeliz” a do ministro Luiz Fux, do
STF, que concedeu uma medida cautelar determinando a apreciação dos
vetos por ordem cronológica – o que, na prática, inviabilizou a
apreciação dos vetos à nova lei dos royalties do petróleo. O
senador disse que, nos mais de 30 anos que está no Congresso, sempre
houve o pedido de prioridade na apreciação de vetos. Ele disse ter
esperança de que, em marco de 2013, seja encontrada uma solução para o
caso.
O parlamentar gaúcho manifestou confiança num ano diferente em 2013, com
o STF declarando o fim da impunidade, a presidente Dilma Roussef sendo
mais firme e o Congresso tendo uma nova realidade. Simon sugeriu o nome
do senador Pedro Taques (PDT-MT) para a presidência do Senado e pediu
urgência na aprovação da Ficha Limpa para os cargos do Executivo.