Sexta, 21 de dezembro de 2012
Da Agência Brasil
Uma passeata de médicos ocupou algumas ruas do centro
da capital fluminense hoje (20) em uma manifestação por melhor condições
de trabalho nos hospitais públicos. Organizada pela Federação Nacional
dos Médicos (Fenam), o ato saiu da Cinelândia até a sede do Ministério
da Saúde, no centro da cidade.
Segundo o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira Filho, a ausência de
concursos públicos para médicos no estado e no território nacional, o
congelamento de salários, a falta de verbas nas instituições públicas
estaduais e federais e a decadência das condições de trabalho dos
profissionais vêm gerando uma crise na categoria.
“Queremos 10% da receita da União para a saúde, o país aplica hoje
cerca de 4,5% do PIB [Produto Interno Bruto] na saúde. Falta
investimento do governo. A situação é precária, falta leito. Há um
sucateamento nos hospitais públicos generalizado. No Rio, o Hospital
Geral de Bonsucesso (HGB), um hospital federal em que faltam
profissionais, equipamentos. São péssimas as condições de
infraestrutura", disse.
A categoria defende, entre outras medidas, a criação do Plano de
Cargos, Carreiras e Vencimento (PCCV) e a priorização do ensino de
qualidade e não da expansão de escolas de medicina. O Brasil está em
segundo lugar no mundo em números de escolas médicas: 197 com 208 cursos
de medicina e 13 mil alunos. A Fenam é contrária também à
terceirização, à entrega do serviço público às organizações sociais, e
protesta contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares pelos
serviços que presta.
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Comentário do Gama Livre: E tinha um presidente que dizia estar a saúde pública em todo o Brasil atingindo a "perfeição". Mas como ele sempre diz que não sabe de nada...