O chamado “crack” de Wall Street reuniu os três setores. Começou na
Bolsa, que vinha em alta “fabricada” de mais de 8 anos, “contaminou” os
bancos, e foi o auge e o apogeu da corrupção. A prova disso é que
empresários que se dedicavam a criar e a trabalhar com seriedade,
dignidade e credibilidade, cresceram, prosperaram e enriqueceram sem
prejudicar ninguém.
Em 1930 (na chamada Grande Depressão), empresários começaram a
construir o edifício Empire State Building, durante dezenas de anos,
grande atração. Que continua sendo, apesar de terem surgido construções
mais altas.
Não havia a menor fiscalização, as Bolsas eram cassinos camuflados,
mais rendosos do que os de Las Vegas, mesmo sem roletas ou caçaníqueis. A
partir desse trágico e dramático 1929, foram impostas (?) regras que
deveriam normalizar as operações, orgãos de fiscalização com “poder de
polícia”. Não adiantou nada, a não ser no “comecinho”.
Os bancos eram associados das corretoras, melhor, lideravam as bolsas
do mundo, a partir de Wall Street. Diariamente eram jogadas fortunas
colossais, o único que perdia era o cidadão sem defesa. Tudo foi
afrouxando, a corrupção se institucionalizando e se fortalecendo.
Surgiu então um novo parceiro, que ajudou a massacrar o investidor
desprotegido: a Companhia de Seguro, tão gananciosa quanto os bancos e
as corretoras. (Esses “seguradores” ficam para depois, é muito ruim para
um fim de ano, num dia em que o mundo deve “acabar”).
De 1929 a 2007/2008, aconteceram muitas roubalheiras de bancos,
seguradoras e corretoras, sempre com o silêncio distante, cúmplice e
protetor dos governos. Nessa época citada, mais de 6 mil bancos dos EUA
foram comprometidos e protegidos. Esses pequenos, sem falar nos 4 ou 5
grandes, poderosos, só nos EUA.
Esses 6 mil bancos criaram o que foi chamado de suprime, empréstimos
indiscriminados, sem qualquer análise ou garantia. Esses bancos e seus
executivos faturavam os lucros e as bonificações, tinham a certeza de
que seriam protegidos, que foi o que aconteceu.
Então a corrupção financeira se transformou em crise econômica, os
maiores bancos e seguradoras se abalaram. Mas por pouco tempo, os
governos sofregamente surgiam em “proteção”, a “calamidade” não pode
arruinar as economias mundiais.
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AGORA, 4 ANOS DEPOIS, CORRUPÇÃO
BANCÁRIA QUE PODE CHEGAR A TRILHÕES
A consequente crise econômica ainda não foi solucionada e surge a
inconsequente corrupção bancária, por enquanto na casa de centenas de
bilhões de dólares, mas que chegarão, certamente, a trilhões, e com a
absolvição de todos.
A primeira nota escandalosa foi a multa aplicada ao HSBC, que também
enriquece no Brasil. Multado em quase 2 bilhões de dólares, pagou e
“pediu desculpas”. Entre as muitas acusações, a mais grave para um
banco: lavagem de dinheiro.
Veio a seguir um banco da Suíça (o UBS), multado em 1 bilhão e 500
milhões de dólares, 3 bilhões na nossa moeda. Também pagou, não se sabe
se pediu desculpas. E finalmente aparece o terceiro, o poderoso
Barclays, acusado de manipular a Libor. Esse mais assustador do que os
outros.
Os números são tão altos que valores não foram revelados. Mas sabe-se
que centenas de milhares (talvez milhões) foram prejudicados, terão que
receber o dinheiro de volta. Aí o trilhão entra em cena, sem qualquer
dúvida.
Para terminar por hoje: o sistema é tão frágil e tão corrupto, que a
manipulação teve como grande inventor e executor, um jovem de 33 anos.
Pela idade, não tem a experiência e a “cancha” necessárias a uma jogada
como essa. Surgirão cúmplices, aproveitadores e protetores.
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E O MUNDO NÃO ACABOU
Milhares ou milhões de todos espalharam e acreditaram que o mundo
acabaria hoje. Escrevo ao meio dia, faltam 12 horas de “angústia”. Há
muitos anos, perguntaram ao próprio Einstein se haveria a terceira
guerra mundial. A resposta imediata: “A terceira será nuclear. Então, a
quarta será com paus e pedras, é só o que sobrará”. Durmam tranquilos.
Fonte: Tribuna da Internet
Fonte: Tribuna da Internet