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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ministério Público Federal e PF deflagram operação de combate à lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas

Segunda, 3 de dezembro de 2012
Operação Turuna é realizada em Araguaína e cumpre mandados de busca e apreensão em empresas que lavavam o dinheiro por diversos meios, entre eles uma extensa rede de postos de combustíveis na cidade

O Ministério Público Federal no Tocantins e a Polícia Federal realizam, na manhã desta segunda-feira, 3 de dezembro, a Operação Turuna, que tem por objetivo combater uma organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas.

Cinquenta policiais federais dos estados do Tocantins, Maranhão e Pará cumprem oito mandados de busca e apreensão e ordens judiciais de sequestro de bens em Araguaína e cidades da região do Bico do Papagaio e sul do Pará. A Procuradoria da República no Município de Araguaína e região participa tanto da operação quanto das oitivas com os envolvidos, que devem comparecer à Delegacia da Polícia Federal em Araguaína para serem ouvidos amanhã.

A Operação Turuna tem relação com as operações Diamante e Pérola, deflagradas pelo MPF e Polícia Federal nos anos de 2002 e 2009. As operações tiveram como alvos Leonardo Dias Mendonça e Emílio Teixeira Campos, traficantes que atualmente encontram-se presos.

Os alvos da operação vem administrando recursos financeiros e patrimônio adquiridos com dinheiro oriundo de atividades criminosas. Para lavar o dinheiro, uma extensa rede de postos de combustível em Araguaína se utilizavado esquema denominado transbordo, em que a bomba de combustível é colocada diretamente no local de entrada do produto do tanque subterrâneo, fazendo com que seja registrada a saída do combustível sem nenhuma venda efetuada. Além do transbordo, outras técnicas de lavagem de dinheiro foram utilizadas.

A Operação Turuna teve início com a investigação de lavagem de dinheiro do tráfico, mas existem indícios de outros crimes, como de formação de quadrilha, falsidade ideológica e sonegação fiscal, já que o dinheiro, uma vez lavado pelo esquema, não era declarado à Receita Federal. Também foram constatados indícios de formação de cartel para imposição do preço dos combustíveis vendidos em Araguaína.

Coletiva – Após o cumprimento dos mandados, mais informações sobre a operação serão prestadas à imprensa em uma entrevista coletiva, a ser realizada na sede da Delegacia de Polícia Federal de Araguaína, com a presença do procurador da República no município de Araguaína e região e do superintendente da Polícia Federal no Tocantins, a partir das 15h de hoje.

Fonte: MPF