Terça, 26 de fevereiro de 2013
Homem que afirma ter atuado como auxiliar da pasta de
Educação quando deputado era secretário diz que soma se refere a
dinheiro e presentes de empresas
Bruno Boghossian e Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo
O analista de sistemas que acusa Gabriel Chalita (PMDB)
de cobrar propina de empresários quando era secretário de Educação de
São Paulo (2002-2006) afirmou que o deputado recebeu mais de R$ 50
milhões ilegalmente quando estava no governo. Roberto Grobman disse que
viu Chalita receber caixas com "pilhas de notas de dinheiro" pelo menos
seis vezes em seu apartamento e dentro da secretaria.
"Ele olhava aquilo eufórico, pegava o dinheiro e começava a distribuir (a auxiliares)", afirmou, em entrevista ao Estado.
Grobman, ex-colaborador do grupo educacional COC (atual SEB),
reforçou que Chalita cobrava 25% de empresas interessadas em firmar
contratos com sua pasta. Ele afirmou ainda que usava uma sala, um ramal e
um e-mail da secretaria, apesar de não ter sido nomeado oficialmente
para cargo algum.
"Eu soltei só um fio; agora é só puxar que vão ver muita coisa suja", declarou o analista.