Domingo, 24 de fevereiro de 2013
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Sindicato de Fiscais Federais Agropecuários (Anffa
Sindical) está programando para a semana que vem uma manifestação no Rio
contrária ao fechamento do Laboratório Nacional Agropecuário do Rio
(Lanagro Rio), informou o presidente da entidade, Wilson Roberto de Sá.
O encerramento das atividades do complexo laboratorial do Ministério da
Agricultura (Mapa) no Rio de Janeiro, ocorrido no final de janeiro
deste ano, ainda provoca apreensão e revolta entre os profissionais do
setor.
O complexo funcionava ao lado do Estádio do Maracanã, vizinho ao Museu
do Índio, e teve pesquisadores e equipamentos transferidos para um
prédio da superintendência regional do ministério, na Rua Barão de Tefé,
na zona portuária do Rio, devido à venda do terreno, pertencente à
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para o governo do estado.
Wilson de Sá considerou lamentável o “desmanche” do laboratório.
“Poderia ter havido uma negociação diferente, com outro desfecho. A
gente está de luto por causa disso”, acrescentou.
Embora reconheça que a área seja importante para a realização dos
eventos esportivos programados para a cidade do Rio, a Copa do Mundo de
Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o titular da Anffa Sindical
argumentou que o espaço poderia ter sido negociado para ocupação
posterior pelo mesmo complexo laboratorial do Mapa.
O assunto foi "pessimamente conduzido” pela gestão anterior da
superintendência regional Rio do ministério. “A coisa foi manobrada de
forma errada, inconsistente, que acabou nesse desfecho”, protestou.
Wilson Roberto de Sá considerou que o encerramento das atividades do
Lanagro do Rio constituirá uma perda para o estado e um risco para a
população consumidora fluminense. Lembrou que transitam pelo Rio
produtos de outros estados e países. “O laboratório servia de suporte
para essas análises, com pessoal treinado, capacitado, tanto na área de
bebidas, como de produtos de origem animal e vegetal, garantindo que
pudessem chegar à mesa do consumidor brasileiro de uma forma segura”.
Destacou que a medida traz risco para a população do ponto de vista de
saúde pública. “Um risco enorme e risco de ingresso de doenças e pragas
no território nacional”.