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Sexta, 9 de
janeiro de 2015
Fonte: Tribuna da Internet
Deu
no Lance
Números divulgados pelo Governo Federal mostram que a
maior parte do dinheiro investido na construção e reforma de estádios para a
Copa do Mundo foi oriundo dos cofres públicos, contrariando a promessa de que o
aporte seria privado. Os dados constam da versão final da matriz de
responsabilidade do torneio, divulgados pela Folha de S.Paulo nesta
quarta-feira.
Segundo o documento, foram utilizados R$ 8,384 bilhões em
todas as arenas. Desse valor, as prefeituras e os governos estaduais (incluindo
o Distrito Federal) gastaram R$ 3,956 bilhões, ou seja, 47% do total. O
restante dos recursos foram conseguidos por meio de financiamentos feitos pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dos cofres da
iniciativa privada saíram apenas R$ 611,6 milhões.
À época da candidatura do Brasil para sediar a Copa do
Mundo, o discurso do Governo Federal e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
era de que as obras referentes aos estádios seriam 100% bancadas pela
iniciativa privada. O então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, chegou a
declarar isso, porém não foi o que aconteceu.
Além da predominância de recursos públicos, outro dado
exposto refere-se ao custo total das reformas e construções, que teve um
aumento de 20% do previsto inicialmente, segundo mostra a matriz. Em 2010, o
previsto era gastar R$6,955 bilhões.
– As novas arenas multiuso, que foram construídas ou
reformadas para a Copa, tiveram custos alinhados com a média mundial para esse
tipo de construção e são parte do legado esportivo deixado pelo megaevento –
justificou o Ministério do Esporte à Folha.