Terça, 11 de agosto de 2015
Chefe da Igreja Católica no Brasil critica, em
entrevista ao Correio, a relação escusa entre os poderes político e econômico e
afirma que o eleitor é o juiz dos candidatos
Ana Dubeux, Dad
Squarisi / Correio Braziliense, Carlos
Alexandre /
Presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e arcebispo de Brasília, dom Sergio
da Rocha considera missão da Igreja participar da política. Mas a atuação segue
os propósitos católicos, baseados na ética e no bem comum, diferentemente dos
interesses partidários e corporativos que ditam governos e campanhas
eleitorais. Atento observador da sociedade, o arcebispo afirma que, em tempos
de crise, a Igreja tem de exercer o papel do profeta: questionar, transformar,
sem receio de desagradar ao senso comum. Esse posicionamento explica a decepção
com a atabalhoada reforma política conduzida no Congresso — “a gente esperava
muito mais” — e a ressalva ao pacto pela governabilidade — “Um pacto não vai
deixar de lado, por exemplo, a luta contra a corrupção”. A postura cristã
também fundamenta a posição da CNBB contra a redução da maioridade penal,
apesar da imensa vontade popular. Paulista da cidade de Dobrada, dom Sérgio diz
“ter cabeça de cidade, mas coração rural”. Aos 55 anos, está encantado com a
receptividade do brasiliense, em particular nas regiões mais simples. Mas chama
a atenção para os problemas sociais. Cita em particular o drama dos imigrantes,
que vêm de regiões conflituosas da Ásia e da África e vivem em condições
precárias nas cidades do DF.
Leia a íntegra em:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2015/08/11/internas_polbraeco,494117/presidente-da-cnbb-o-povo-ja-nao-aguenta-mais-tanta-corrupcao.shtml