Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Anistia Internacional pede que Estado investigue execuções em ações da polícia

Segunda, 31 de agosto de 2015
"O caso do meu filho foi enquadrado como auto de resistência. Meu filho de 2 anos iria trocar tiro com policial?"
Anistia Internacional na Alerj

Segunda, 31 de agosto de 2015
Da Agência Brasil
A audiência pública discutiu as execuções praticadas por policiais do Rio Anistia Internacional/Divulgação
 A pedido da ONG Anistia Internacional, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realizou audiência pública hoje (31) para discutir as execuções praticadas por policiais na cidade do Rio. A  ONG solicitou ao governo do estado e ao Ministério Público que investiguem os homicídios decorrentes de ações da polícia.
Antes da audiência, membros da Anistia colocaram 580 girassóis formando uma pirâmide na escadaria do Palácio Tiradentes, sede da Alerj, no centro do Rio. Cada uma das flores representava uma das mortes durante operações policiais em 2014.
Também em frente ao palácio, o ajudante de pedreiro José Luiz Faria da Silva segurava uma pistola de água. Segundo José Luiz, essa era a única arma que seu filho, Maicon Silva, conseguiria segurar quando foi morto, em 1996, aos 2 anos, durante uma ação da Polícia Militar na Favela de Acari, zona norte do Rio.
A família da criança recebeu uma indenização, mas a queixa do pai é que até hoje nenhuma investigação foi aberta para apurar as circunstâncias em que o policial militar atirou contra o menino.
"O caso do meu filho foi enquadrado como auto de resistência. Meu filho de 2 anos iria trocar tiro com policial? Pelo visto, terei de aceitar isso para o resto de minha vida, porque faltam oito meses para o caso prescrever. Vou lutar até o fim, porque casos como esse continuam ocorrendo e a sociedade está parada", disse José Luiz.