Quinta, 21 de setembro de 2017
Acreditando
que os países não sabem o que ocorre, [Temer] omitiu os fatos principais que acontecem,
abusando da MENTIRA.
Do Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa
HELIO FERNADES
Desde que
terminando a Segunda Guerra Mundial, os países imaginaram criar um órgão para
substituir a velha e ultrapassada Liga das Nações (surgida assim que acabou
a Primeira ), o Brasil foi lembrado, ficou logo no auge e no apogeu
O
brasileiro Oscar Niemeyer, já reconhecido como dos maiores arquitetos do mundo,
foi escolhido e projetou o belíssimo prédio. Apesar de se confessar
publicamente comunista participante. Um dos seus trabalhos mais aplaudidos: a
sede do Partido Comunista da França.
Outro
brasileiro extraordinário, Portinari, reverenciado de forma universal, executou
quadros e painéis que engrandecem e eternizam o local. É das obras mais
visitadas na ONU. Também comunista, militante e contribuinte, asilado durante a
ditadura de 64, só pôde voltar em 1979.
No plano
político, a participação do Brasil, fulgurante, tão marcante e competente, que
o embaixador do Brasil, o notável Osvaldo Aranha foi eleito presidente do
Conselho da ONU. E presidiu a sessão histórica em que foi criado o Estado de
Israel. Aranha queria criar ao mesmo tempo o Estado da Palestina, a pressão
contra foi invencível. (Isso é outra história).
Mas
reconheceram e concederam para sempre o direito, o prestigio e a honra do
representante do Brasil fazer o discurso de abertura dos trabalhos. O minúsculo
Michel Temer não tem gabarito nem grandeza para coisa alguma, tentou se
projetar pessoalmente e a sua administração usurpada, com tremenda relação de
mentiras. Não compreendeu que estava ali pelo passado e não pelo presente.
Acreditando
que os países não sabem o que ocorre, omitiu os fatos principais que acontecem,
abusando da MENTIRA.
Nem tocou
na sua impopularidade, consequência da corrupção, substituiu a realidade pela
MENTIRA.
Estamos
em plena recuperação econômica, nova e esfuziante MENTIRA.
A
recuperação da economia está impulsionando a criação de empregos. Cruel e
selvagem afirmação, que poderia repetir 13 milhões de vezes, numa gigantesca
MENTIRA.
Deixou
para o final o que assombrou os brasileiros e não enganou ninguém naquele plenário
universal, que cito entre aspas, pelo inusitado em matéria de subserviência:
"Vou dar a noticia que AGRADARÁ a vocês, estamos recuperando a Amazônia, e
já reduzimos o desmatamento em pelo menos 20%, e continuamos trabalhando".
Colossal MENTIRA.
PS- Não
falou que foi chamado publicamente de LADRÃO.
PS2- Omitiu
que a PGR quer investigá-lo, apenas investigá-lo. Utilizando a compra de votos
com dinheiro público, ganhou a primeira investida, ganhará facilmente a
segunda.
PS3-
Ninguém obterá 342 votos para tirá-lo do Planalto.
PS4- Se
tivesse dito isso, teria recorrido à única VERDADE
11 MINISTROS E UMA PRIMAVERA
Enquanto
assisto um debate quase discussão de 2 assuntos no Supremo, gostaria que eles
se lembrassem que a sessão vai acabar, quase entrando a maravilhosa
primavera. Isso talvez pudesse exercer influência benéfica a respeito dos votos.
Terminando
a quarta, às 2,41 da madrugada, estaremos entrando na quase entrevista quinta,
a mais florida e mais bonita das estações. Como Gilmar Mendes não considera a
primavera estação rica, já falou 4 vezes, em 1 hora e 32 minutos, nenhuma
influência positiva. 16 horas, continuam discordando, perdão, se hostilizando.
Depois de
apenas 1 hora e meia de trabalho, suspenderam a sessão, por anunciada meia
hora. Voltaram 41 minutos mais tarde, com o ministro Barroso votando,
deve ser voto certo, aumentando para 3 a 0. 13 minutos, manifestação
substancial, acompanhando Fachin, na validade da denúncia.
Votando
Rosa Weber, que em 3 minutos acompanhou o relator, 4 a 0. Com a palavra, Luiz
Fux usou apenas 6 minutos, 5 a 0. Toffoli votou a seguir, interrompido por Gilmar
Mendes, que pretendia apenas tumultuar, na iminência do 6 a 0, queria protelar
a derrota. E falou contra Janot, naturalmente ausente.
Divagante,
cansativo, exaustivo, Toffoli afirmou, no inicio "por questão teórica,
fico na preliminar". Praticamente autobiográfico, reconhecendo que é
personagem de segundo time. Desperdiçando preciosos 26 minutos, quando tentou
ensinar direito a 8 juízes que sabem mais do que ele, acompanhou o
relator 6 a 0, faltam 5 votos, praticamente diletantes ou puramente
provocantes. Lewandowski, rápido, elevou o placar para 7 a 0.
Chegou
então a vez do ansioso e frenético Gilmar Mendes. Apesar do placar, defendeu a
devolução da denuncia à PGR. Puxa, que vingança, e no seu entendimento e
objetivo, que vitória sobre Janot. Mas considerando que no exame da delação dos
Batista, Janot seria mais vulnerável, passou logo para a segunda questão.
Ele que
aparteia a todos, negou aparte a Luiz Fux. Continuou, parlapatou, tartamudeou,
tergiversou, neste momento completando 40 minutos da última quarta-feira do inverno.
E Gilmar contribuindo para o frio do ambiente, às 18 horas e 17 minutos.
Ficou
exclusivamente na injúria, calúnia e difamação contra o ex-PGR. Em determinado
momento, identificou: "Que falta de caráter, que degradação, que gente
decaída". Tinha a impressão de falar diante do espelho. Olhou para todos
os lados, silêncio completo.
Absurdo,
falou exatamente 68 minutos. Eram praticamente 19 horas, faltavam 3 votos (Marco
Aurélio, Celso de Mello e Cármen Lácia), de uma questão que não pode mais ser
alterada. E 10 ministros para decidirem o exame da delação dos Batista.
Cármen
Lúcia transferiu isso para hoje, quinta-feira. Ainda não decidiram a hora da
sessão. Se começarem como habitualmente, às 14,30, poderá haver outra
prorrogação. Mas a primavera já terá começado, exatamente na hora
marcada.
*Matéria pode ser republicada com citação do autor