Terça, 22 de julho de 2014
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Vladimir
Platonow - Repórter da Agência Brasil
Um grupo de ativistas políticos promoveu, no final da tarde
de hoje (22), uma lavagem simbólica da calçada em frente ao Tribunal de Justiça
do Rio de Janeiro. Eles protestam contra a prisão de manifestantes, acusados de
participarem de atos violentos e indiciados pela Polícia Civil por associação
criminosa.
Os ativistas usaram água sanitária e desinfetante, em alusão
à prisão do morador de rua Rafael Braga. Detido desde o ano passado no Complexo
Penitenciário de Bangu, Rafael Braga foi acusado de estar portando um
coquetel-molotov durante protesto de rua. No entanto, há informações que ele
estava carregando produtos de limpeza.
Com palavras como "Presos políticos, Liberdade já.
Lutar não é crime, vocês vão nos pagar", os manifestantes discursaram em
frente ao tribunal e criticaram a decisão judicial, em que foi decretada a
prisão preventiva dos jovens.
Dezenas de cartazes e faixas foram estendidos na calçada,
pedindo a libertação dos ativistas, presos no dia 12, antes da final da Copa do
Mundo. Ele foram liberados por decisão do desembargador Siro Darlan, que acatou
pedido de habeas corpus, mas as prisões foram decretadas novamente,
desta vez, preventivamente.
O protesto chamou a atenção do aposentado José Maria de
Oliveira, de 88 anos, que contou ter sido preso e torturado durante a ditadura
militar. "Foi um julgamento político contra esses jovens, puramente para
amedrontar a juventude brasileira", disse, ao relatar ter sofrido
torturas, junto com a esposa, por atuar em uma organização de esquerda.
Após o ato, o grupo decidiu seguir em passeata até a
Cinelândia.
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