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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Brasil fica em 69º no Índice de Percepção da Corrupção

Quarta, 5 de dezembro de 2012
Guilherme Oliveira
Do Contas Abertas
No ano em que a corrupção brasileira finalmente chegou aos tribunais com o julgamento do Mensalão, o país alcançou a 69ª colocação - entre 176 países - no Índice de Percepção da Corrupção.  A edição deste ano do projeto da ONG Transparência Internacional conferiu ao Brasil a nota 43, em uma escala de 0 (mais corrupção) a 100 (menos corrupção).

Confira os resultados completos aqui.

O resultado coloca o país como o terceiro mais "limpo" da América do Sul, e compartilhando com a África do Sul a liderança das nações que integram o bloco econômico BRICS (países emergentes que mais crescem no mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)

Em 2012, a Transparência Internacional efetuou mudanças na metodologia do Índice que não permitem a comparação direta entre o resultado atual e os dos outros anos. Isso porque, nos anos anteriores, a nota final de cada país consistia na combinação dos resultados obtidos em outros rankings internacionais de corrupção, posteriormente ponderada em função dos desempenhos do país em cada ranking comparados aos dos outros países avaliados. A partir deste ano, a etapa da ponderação foi eliminada e, agora, as notas do Índice são calculadas apenas a partir das notas dos outros rankings.
 
A 69ª posição coloca o Brasil empatado com a Macedônia e a África do Sul, sua colega no BRICS. O empate com o país africano significa que, pela primeira vez desde 2006, quando foi formado o bloco econômico, o Brasil encontra-se na dianteira do grupo quando o assunto é a percepção da corrupção nacional. Nos últimos anos a África do SUl sempre vinha tendo vantagem. No Índice 2012, a China obteve 39 pontos (80ª posição), a Índia ganhou 36 (94ª) e a Rússia ficou com 28 (133ª).

Uma colocação à frente da posição brasileira, com a nota 44, encontram-se Kuwait, Romênia e Arábia Saudita. Logo atrás, com nota 42, vêm Bósnia, Itália e São Tomé e Príncipe.