Terça, 11 de dezembro de 2012
Contraventor havia sido preso novamente semana passada, após ficar 15 dias em liberdade
Da Revista Veja
Laryssa Borges, de Brasília
Cachoeira e sua mulher, Andressa, na saída de um hospital em Goiânia
(Diomicio Gomes/O Popular/Estadão Conteúdo
)
O desembargador Tourinho Neto, da 3ª turma do Tribunal Regional Federal
(TRF) da 1ª Região, determinou nesta terça-feira, em decisão
individual, a libertação do contraventor goiano Carlinhos Cachoeira. Ele estava preso
desde o último dia 7 por determinação do juiz federal Alderico Rocha
Santos, responsável pelas investigações da operação Monte Carlo na 11ª
Vara Federal de Goiânia. Com a decisão do tribunal em Brasília, o
empresário de jogos pode ser colocado em liberdade a qualquer momento.
De acordo com o criminalista Antonio Nabor Bulhões, responsável pela
defesa de Cachoeira, a 11ª Vara Federal foi comunicada da decisão do
desembargador Tourinho Neto às 15h16.
“O juiz federal havia decretado a prisão preventiva sem qualquer fato
novo”, disse o advogado. Para ele, Alderico extrapolou suas funções
porque considerou como justificativa para a prisão a condenação do
contraventor a 39 anos de prisão pelos crimes de peculato, corrupção,
violação de sigilo e formação de quadrilha.
Tanto a sentença quanto o pedido de prisão haviam sido determinados
pelo próprio Alderico Rocha Santos. Antes da última prisão, Cachoeira
havia sido solto
no dia 21 de novembro, após passar 265 dias encarcerado. Nos 15 dias em
que esteve em liberdade antes de ser preso novamente, Cachoeira chegou a
ficar internado com sintomas de depressão.
O bicheiro foi o principal alvo da Operação Monte Carlo, da Polícia
Federal, que desmontou uma quadrilha que explorava jogos ilegais. O caso
também desencadeou a abertura de uma CPI no Congresso.