Sábado, 12 de julho de 2014
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
A
organização não governamental Justiça Global criticou hoje (12) a prisãode ativistas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em várias partes do país
e disse que a ação é um ato arbitrário, com objetivo de reprimir expressões da
população, na luta por justiça social.
Em nota, a ONG questiona a expedição dos mandados de
prisão na noite de ontem (11) e o cumprimento hoje, véspera da final da Copa.
“No dia anterior à final da Copa do Mundo, para quando há um grande ato de rua
marcado, detidos e detidas, incluindo duas mães, estão sendo encaminhados para
a “Cidade da Polícia”, chegando na caçamba de camburões e sendo retirados sob a
mira de fuzis”, relata a entidade.
De acordo com a nota, a transferência dos presos para o
Complexo Penitenciário de Bangu pode ocorrer ainda hoje, dia em que a
Defensoria Pública, o Legislativo e outros órgãos do Estado “que poderiam atuar
contra esta arbitrariedade estão em regime de plantão, dificultando sua
atuação”.
Para a Justiça Global, os fatos “evidenciam o propósito
único de neutralizar, reprimir e amedrontar aqueles e aquelas que têm feito da
presença na rua uma das suas formas de expressão e luta por justiça social”.
As prisões cumpriram mandados expedidos pela 27ª Vara
Federal da Capital. Entre os presos, está a a ativista Elisa Quadros
Sanzi, a Sininho, que foi detida em Porto Alegre e deve ainda hoje chegar ao
Rio de Janeiro, escoltada por policiais civis fluminenses.