Por
Mauro Santayana
(Do blog http://www.maurosantayana.com) - A vontade de
aproveitar a onda para aparecer - e de "melhorar" o estado de
espírito do país - é grande.
Não bastassem as sandices perpetradas por agências de
"classificação de risco" estrangeiras, que, como já demonstramos
muitas vezes aqui, não tem a menor moral nem credibilidade para prever,
auditar, ou classificar coisíssima nenhuma, é preciso também conviver com
simulacros tupiniquins desses autênticos simulacros externos, que não resistem
à tentação de se meter a "gato mestre".
Uma certa Austin Rating - com esse nome o leitor
tende a se perguntar se está situada no Texas e como, ainda, nunca ouviu
falar dela - que se identifica como "a primeira empresa nacional a
"conceder" ratings no país - e já adverte, em sua apresentação, ter
desenvolvido e trabalhar com "metodologia própria" - e que seu
"processo é eficiente, porque atinge os seus objetivos, concedendo sempre
uma opinião fundamentada em fatores quantitativos e qualitativos" (sic) -
acaba de rebaixar a nota creditícia do Brasil em moeda estrangeira.
O Brasil, em pleno processo de recuperação de superávits
no comércio exterior, do alto de 2.346 trilhões de dólares de PIB (world bank),
370 bilhões de dólares em reservas internacionais (bacen), e de sua condição
de terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos (usa treasury) penhoradamente,
agradece.