Quarta, 6 de setembro de 2017
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou hoje (6) nova
denúncia contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, por suposto crime de obstrução de Justiça. No
entendimento de Janot, a nomeação de Lula para ministro da Casa Civil em
2016 teve objetivo de combater as investigações porque ele já figurava
como réu em um dos processos da Lava Jato. O ex-ministro Aloizio
Mercadante também foi denunciado.
Em
março de 2016, por uma decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Gilmar Mendes, a nomeação de Lula foi suspensa, por
entender que a nomeação para o cargo teve o objetivo de retirar a
competência do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da
Operação Lava Jato, para julgá-lo e passar a tarefa ao Supremo,
instância que julga ministros de Estado.
Terça-feira (5), Janot
apresentou outra denúncia contra Lula e Dilma, além dos ex-ministros da
Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, pelo crime de organização
criminosa. Na denúncia, Janot sustenta que os acusados formaram uma
organização criminosa no Partido dos Trabalhadores (PT) para receber
propina desviada da Petrobras durante as investigações da Operação Lava
Jato.
Outro lado
Em nota, a defesa do ex-presidente Lula declarou que Janot tem atuação “afoita e atabalhoada” nos últimos dias do seu mandato. “Essa é a denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República para o próprio Supremo Tribunal Federal, talvez na busca de gerar algum ruído midiático que encubra questionamentos sobre sua atuação no crepúsculo do seu mandato”, diz o texto.
Em nota, a defesa do ex-presidente Lula declarou que Janot tem atuação “afoita e atabalhoada” nos últimos dias do seu mandato. “Essa é a denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República para o próprio Supremo Tribunal Federal, talvez na busca de gerar algum ruído midiático que encubra questionamentos sobre sua atuação no crepúsculo do seu mandato”, diz o texto.