Sexta, 13 de outubro de 2017

13/10/2017 / Por SindSaúde DF
Presidente do SindSaúde se reuniu
nesta sexta (13) com servidores do CSnº2 do Gama para tratar de remoção
arbitrária; gestão ausente tentou proibir entrada do sindicato
Atento às ameaças de remoção de
servidores dos centros de saúde para hospitais, o SindSaúde esteve na
manhã de hoje (13) no Centro de Saúde nº 2 do Gama para reunir-se com os
trabalhadores. De forma arbitrária e sem qualquer diálogo com a
categoria e seus representantes, o governo está retirando profissionais
dos centros de saúde, muitos deles com restrições médicas.
A situação tem ocorrido também em outras regionais. No Recanto das Emas, o transporte da hemodiálise ficou comprometido com a remoção de motoristas (leia aqui). Os servidores acreditam que a principal hipótese é a de que o governo estaria economizando às custas do trabalhador, pois com as remoções para os hospitais, gratificações como de Condições Especiais de Trabalho (GCET) e de Ações Básicas (GAB), destinadas a servidores lotados em centros e postos de saúde, deixam de ser pagas.
Pé na porta
A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, foi impedida de entrar para a reunião, mas não acatou a decisão dos gestores — que não estavam em seu posto de trabalho nesta manhã. “Aqui no Gama e na Saúde, o sindicato representa. Está na constituição e nós não vamos atropelar a Carta Magna. O que o governador devia proibir era aqueles que saqueiam a saúde, deviam proibir a gestão de maltratar e negar atendimento aos pacientes. Era com isso que ele deveria se preocupar, com a gente não”, afirmou a sindicalista.
Concurso de remoçãoVale
destacar que em fevereiro o GDF publicou a Portaria nº 75/2017 ,
estabelecendo os procedimentos de remoção de servidores. “Se a gestão já
tinha em mente fazer o converte nos centros de saúde, porque não fez
antes os concursos de remoção para atender à legislação e de modo menos
traumático aos servidores?”, questiona Marli. “Como mudar a rotina de
servidores que já trabalham na atenção primária há quinze, vinte anos,
sem qualquer discussão ou planejamento com as partes interessadas? Não
estão tratando de móveis, cadeiras, mesas, mas de pessoas que merecem e
devem ter a sua dignidade respeitada e preservada! Esse clima de
terrorismo imposto por gestores inconsequentes compromete o serviço e a
saúde mental e física dos trabalhadores.
A norma destacou que “é assegurado
tratamento preferencial aos servidores com necessidades especiais ou que
tenham dependentes nessa situação, no sentido de que permaneçam no
local mais próximo possível de suas residências ou dos locais de
tratamento e recuperação”.
Há ainda um acordo firmado entre governo, sindicatos e o Conselho de Saúde do DF (CSDF) de que nenhuma remoção seria feita sem a participação do conselho. No momento, todas elas estão suspensas.
Há ainda um acordo firmado entre governo, sindicatos e o Conselho de Saúde do DF (CSDF) de que nenhuma remoção seria feita sem a participação do conselho. No momento, todas elas estão suspensas.