Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 19 de janeiro de 2019

Educação: GDF opta pela Pedagogia do Cassetete

Sábado, 19 de janeiro de 2019
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna


A decisão de militarizar quatro escolas públicas parece refletir a inexistência de um programa de governo para a Educação no Distrito Federal. O anúncio abrupto da novidade, dentro de um programa de reforço da segurança pública do DF, reforça a imagem à opinião pública de confusão no seio do GDF. Além de comprar uma briga gratuita com a comunidade docente, passa a ideia de que tudo não passa de factoides lançados ao vento para ver se cola.

Por Chico Sant’Anna

Afinal, qual o propósito da anunciada militarização de escolas no Distrito Federal?

Melhorar a qualidade de ensino, ou garantir a segurança e combater à violência?

Cada autoridade que fala sobre o tema dá uma explicação diferente. A decisão de militarizar quatro escolas públicas parece refletir a inexistência de um programa de governo para a Educação no Distrito Federal. As versões que emanam do Buriti ora afirmam que o projeto visa dotar escolas públicas com a mesma qualidade de ensino das escolas militares tradicionais, ora se contradizem ao garantir que os militares não atuarão no campo da pedagogia, mas sim na “imposição da ordem e da disciplina”.

Na secretaria de Educação, a informação repassada ao Correio Braziliense é de que a proposta não faz parte do programa de Educação da nova gestão, mas do SOS Segurança. Ibaneis pode estar, assim, botando a mão num vespeiro, sem necessidades. Sem respaldo da sua secretaria de Educação e sem apoio dos professores. Na redes sociais, o secretario de Educação, meio que tira sua responsabilidade nesse projeto. “É uma experiência, dentre várias outras que implementaremos e avaliaremos muito de perto para tentar resolver questões sérias, como a violência, a indisciplina, e a falta de respeito e de relacionamentos de afeto em nossas escolas” –  escreveu Rafael Parente.
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