Terça, 29 de janeiro de 2019
Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Três funcionários da Vale diretamente envolvidos e
responsáveis pelo licenciamento da barragem que se rompeu em Brumadinho e dois engenheiros terceirizados que
atestaram a estabilidade do empreendimento foram presos hoje (29). Na operação
desta terça-feira, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério
Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) cumprem sete mandados de busca e
apreensão e cinco de prisão temporária no intuito de apurar responsabilidade
criminal pelo rompimento da barragem da mineradora no município mineiro.
Dos cinco alvos da
operação, dois tinham domicílio em São Paulo e os demais residem na região
metropolitana de Belo Horizonte. A prisão foi decretada pelo prazo de 30 dias e
todos os presos serão ouvidos pelo MPMG. Os documentos e provas apreendidas
também serão encaminhados ao Ministério Público para análise.
O MPF,
por meio da Procuradoria da República em Minas Gerais, e a PF, por meio da
Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, cumpriram simultaneamente os
cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Belo
Horizonte. As ordens foram cumpridas na sede da Vale, em Nova Lima (MG), e em
uma empresa sediada em São Paulo que prestou serviços de projetos e consultoria
na área das barragens. Também foram alvo das medidas pessoas ligadas a essa
empresa.
Nas
diligências, houve a participação de procuradores da República lotados em Minas
Gerais e São Paulo, de policiais federais e de peritos das áreas de
informática, mineração e geologia. “Os órgãos de investigação têm trabalhado de
forma concatenada para apuração dos graves crimes relacionados com o rompimento
da barragem, sendo que as investigações se encontram em andamento”, informou o
MPMG.