Sábado, 18 de agosto de 2012
Da Coluno do Augusto Nunes, na Veja
Quando
pendura nos ombros a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal,
Marco Aurélio Mello se proíbe de falar língua de gente. Jamais concorda.
Anui. Nunca discorda. Discrepa. Não pondera. Obtempera. Nem pergunta.
Argui. E se recusa terminantemente a acrescentar alguma coisa: o
dicionário ambulante prefere aduzir.
É natural que incontáveis espectadores da TV Justiça não consigam
entender o palavrório, que Marco Aurélio faz questão de temperar com
expressões em latim e citações de sumidades jurídicas. Como não há
tradução simultânea, muita gente nem desconfia que está em ação o mais
aguerrido zagueiro do time que joga para atrasar, atrapalhar ou, se
possível, obstruir até o fim dos tempos o desfecho do processo do
mensalão. Leia a íntegra