Quarta, 19 de setembro de 2012
Da Redação da Agência Brasil
O julgamento do mensalão (Ação Penal 470) pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) voltou a ser motivo de embate entre governo e oposição no
Senado nesta terça-feira (18). Assim como há pouco mais de sete anos,
quando o então deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB,
denunciou a existência de um esquema de compra de votos na Câmara dos
Deputados, parlamentares do PSDB e do PT se colocaram em trincheiras
opostas.
O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), anunciou que seu partido,
juntamente com o DEM e o PPS, pedirá, depois do julgamento do Supremo, a
abertura de investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva por seu suposto envolvimento com o mensalão. Já o senador Jorge
Viana, do PT do Acre, defendeu Lula, negando qualquer contato dele com
um dos pivôs do escândalo, o publicitário mineiro Marcos Valério.
Segundo matéria recente da revista Veja, o envolvimento de Lula
com o esquema teria sido reconhecido por Marcos Valério – já condenado
pelo Supremo – em conversas com pessoas próximas.
Alvaro Dias lembrou ter apresentado voto em separado, ao final da CPI
dos Correios, em 2005, no qual pedia abertura de processo de impeachment
contra Lula. E Jorge Viana acusou o PSDB de não ter condições de dar
qualquer lição de moral, por ter sido o partido o verdadeiro criador do
mensalão, em 1998, durante o governo do tucano Eduardo Azeredo em Minas
Gerais.
Também o senador Aníbal Diniz (PT-AC) manifestou-se sobre o assunto e defendeu o ex-presidente Lula.