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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sindical entra na briga para manter vaga de auditor no TCDF

Quinta, 13 de dezembro de 2012

A entidade defende que a vaga seja ocupada pelo auditor Paiva Martins, que já ocupa vaga de conselheiro substituto

A diretoria do Sindical (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do DF) fechou questão na defesa de que a vaga para Conselheiro do TCDF (Tribunal de Contas do Distrito Federal), que será aberta com a aposentadoria da atual presidente, conselheira Marli Vinhadeli, seja ocupada por um auditor como manda a Constituição.
 
Nos últimos dias, matérias veiculadas na mídia deram conta de uma possível intenção do Executivo local em nomear para a cadeira, que é exclusiva de auditor concursado, alguém que venha do meio político e de confiança do governador. ...
 
Na visão da diretoria do Sindical, o governo pode ter a intenção de criar uma situação artificial para aumentar o controle sobre o TCDF. Ocorre que, atualmente, existe apenas um concursado no cargo, o auditor Paiva Martins, que, por contar com mais de 65 anos, estaria sendo preterido para o cargo.
 
Segundo a direção do Sindical, esse argumento não passa de desculpa para uma possível indicação política. “A limitação de idade de posse para o cargo de Conselheiro em 65 anos não se aplica ao caso do auditor Paiva Martis, pois ele já está em exercício há três anos, desde o afastamento do Conselheiro Domingos Lamoglia”, avalia Adriano Campos (foto), presidente do Sindical. Para o sindicalista, não é possível entender como o auditor pode “estar” conselheiro por tanto tempo e não poder “se tornar” conselheiro.
 
De acordo com o presidente do Sindical, o limite máximo de idade fixado em 65 anos é apenas uma segurança que a Constituição fixou para evitar que alguém pudesse se aposentar em um cargo público sem cumprir o tempo mínimo de 5 anos de efetivo exercício. No caso do auditor Paiva Martins, ele já conta com mais de 9 anos no exercício como conselheiro do TCDF e por isso não pode ser impedido de ocupar o cargo por esse dispositivo constitucional.
 
O escritório Alíno & Roberto Advogados Associados, que presta assessoria jurídica ao Sindical, emitiu um parecer reforçando o entendimento da questão. Diante disso, a entidade está disposta a ir à Justiça caso um não auditor seja indicado para a vaga de conselheiro.
 
“É importante salientar que aqui não se trata de escolhermos um nome, mas de reconhecer que há apenas um que se encontra neste momento na condição prevista no dispositivo constitucional relativo à ocupação da vaga que será disponibilizada na próxima semana”, alertou o sindicato, em nota distribuída aos Conselheiros do TCDF na última segunda-feira (10/12).
 
O Sindical também luta para que sejam convocados para ocupar as vagas de auditores os aprovados em concurso realizado ainda em 2002. Na busca de alianças o presidente do sindicato deve se encontrar com o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República – ANPR, para fechar uma parceria entre as entidades.

Fonte: Blog do Sombra / Sindicato dos Servidores da CLDF e do TCDF - 13/12/2012