Terça, 5 de fevereiro de 2013
Da Tribuna da Internet
Por Antonio Santos Aquino
As raízes históricas do Trabalhismo Brasileiro (de Vargas) têm sua
inspiração na Revolução Farroupilha de 1835 e nos propagandistas
republicanos de 1870. No percurso até 1889, identificaram-se como
positivistas.
Favoráveis à libertação dos escravos, chegam à Proclamação da
República como “republicanos históricos ou positivistas”. Julio de
Castilhos assume a presidência do Rio Grande do Sul com uma Constituição
Positivista por ele mesmo elaborada.
Julio de Castilhos, Borges de Medeiros, Getúlio Vargas eram
positivistas e deram origem direta ao trabalhismo brasileiro. Getúlio
Vargas, Eurico Dutra e Goés Monteiro eram positivistas; estudaram juntos
em Porto Alegre.
Brizola recebeu os reflexos do Positivismo, mas era um trabalhista.
Foi fundador do PTB, sigla que lhe foi tomada por manobras de Golbery.
Brizola fundou o PDT como uma trincheira de lutas para abrigar
principalmente os que foram atingidos pela Revolução de 1964.
João Belchior Marques Goulart também absorveu reflexos do
Positivismo. Era um trabalhista moderado e nunca, nunca mesmo foi
covarde. Deixou de resistir ao golpe de 1964 quando soube por Santiago
Dantas que tinha uma esquadra americana em frente ao Espírito Santo
pronta para invadir o Brasil em apoio aos insurretos, se houvesse
resistência. Não queria derramamento de sangue.
DIRETAS JÁ
Sem polêmica, vou dar minha versão sobre a prorrogação do mandato de
Figueiredo. A ideia da prorrogação nasceu dentro do governo, com o
coronel Cesar Cals. Brizola foi chamado a palácio por Figueiredo e
comprometeu-se a mandar o PDT votar a favor do projeto de lei mandado
pelo governo, prorrogando o mandato de Figueiredo por dois anos, fazendo
a transição política.
Tomaram conhecimento da proposta Ulisses, Dante de Oliveira, Lula e
Tancredo. Ulisses logo concordou com a proposta. Dante e Lula
emudeceram. Tancredo alertou Ulisses que o mandato de Brizola terminaria
no mesmo ano em que terminava o mandato de Figueiredo. E que Brizola,
sendo candidato, ganharia a eleição. Ulisses retroagiu. Foi quando o PT,
acompanhado dos inimigos históricos de Brizola, saiu “trombeteando” que
Brizola queria prorrogar o mandato de Figueiredo. Seguiu-se a votação
das “Diretas” e depois o “Colégio Eleitoral”.