Sexta, 10 de maio de 2013
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (10),
em Rio Branco, a Operação G-7, depois de investigar a participação do
secretário de Obras do Acre, Wolvenar Camargo, do diretor do
Departamento de Gestão Urbana da prefeitura de Rio Branco, Assurbanipal
Mesquita, e outros servidores em desvio de recursos públicos.
Entre os mandados de prisão expedidos está o do diretor de Análise
Clínica da Secretaria Estadual de Saúde, Tiago Paiva, sobrinho do
governador Tião Viana. Ao todo, 150 policiais de diversas localidades do
país estão dando cumprimento a 34 mandados de busca e apreensão em
órgãos públicos nos municípios depois de mais de dois anos de
investigações.
Os policiais investigam o envolvimento de autoridades e servidores
públicos com fraudes em licitações no estado. Informação oficial da PF
dá conta que análises feitas de processos licitatórios em pelo menos
cinco municípios identificaram obras que não foram executadas.
“Examinadas licitações executadas nos municípios acrianos de
Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido de Castro, Vila Campinas e Acrelândia,
constatando-se que muitas das obras licitadas jamais chegaram a ser
executadas”, diz a nota.
Em seis contratos examinados, que somaram valor total de R$ 40
milhões, a Polícia Federal estima que o desvio de dinheiro público pode
ter chegado a R$ 4 milhões. Nas investigações, os policiais
identificaram uma licitação para contratação de clínica de exames
médicos que seria utilizada no desvio fraudulento de recursos do Sistema
Único de Saúde (SUS), do governo federal.
Na outra ponta, a Polícia Federal identificou um grupo de sete
empresas do setor da construção civil que se revezariam em processos
licitatórios para ganhar os contratos do governo do estado e das
prefeituras. Essas empreiteiras simulavam a concorrência entre si para
vencer as licitações.
Edição: Davi Oliveira//A matéria foi alterada às 18h34, do dia
13/05/2013, para corrigir o nome do secretário municipal de
Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco. Anteriormente, a matéria
dizia que era Fernando de Mello Franco, quando, na verdade, o secretário
é Luiz Antonio da Rocha//Matéria alterada às 13h03 do dia 14/05/2013
para corrigir informação repassada equivocadamente pela Polícia Federal.
O secretário Luiz Antonio da Rocha não foi investigado pela operação e
sim o diretor do Departamento de Gestão Urbana da prefeitura de Rio
Branco, Assurbanipal Mesquita