Segunda, 10 de agosto de 2015
Marli
Moreira – Repórter da Agência Brasil
Os metalúrgicos da fábrica da General
Motors (GM), em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, iniciaram hoje (10)
greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia, no começo da
manhã e tem o objetivo de pressionar a montadora para abrir negociações e rever
as demissões anunciadas, no último sábado (8).
De acordo o sindicato da categoria,
compareceram à assembleia mais de 4 mil trabalhadores dos 5,2 mil que atuam na
unidade onde são produzidos os modelos S10 e Trailblazer, além de motores,
transmissão e kits para exportação (CKD). O número exato de demitidos ainda não
foi informado pela GM, mas pelo menos 250 metalúrgicos teriam sido informados
por telegrama do seu desligamento da empresa.
Para hoje (10) estava previsto o
retorno de 798 empregados que estavam afastado pelo sistema lay-off(suspensão
temporária dos contratos do trabalho) desde o último dia 9 de março. Estes
metalúrgicos não estão entre os demitidos porque têm estabilidade garantida por
mais três meses.
“Fomos surpreendidos na véspera do
Dia dos Pais com essa ação unilateral da GM e queremos que esse processo seja
revertido porque a montadora ainda tem muita gordura para queimar”, justificou
Renato de Almeida, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José
dos Campos.
Ele informou que pretende pedir uma
reunião com a diretoria da GM para discutir uma solução para crise no emprego.
Segundo o sindicalista de janeiro até agora, as montadoras instaladas no Brasil
já cortaram mais de 8 mil postos de trabalho. “Não podemos aceitar que os
trabalhadores sejam penalizados e que paguem o preço dessa crise política e
econômica”, defendeu.
O líder sindical afirmou que além dos
piquetes para convencer os metalúrgicos dos demais turnos a cruzarem os braços,
a categoria poderá fazer também passeatas. A Agência Brasil procurou
a GM para se posicionar sobre a mobilização, mas até o fechamento desta edição
ainda não havia recebeu retorno.
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