Quinta, 6 de abril de 2017
Do Sinpro
Professores/as e orientadores/as educacionais da rede pública de
educação, em greve desde o dia 15 de março, deliberaram pela
continuidade do movimento paredista. A decisão foi tomada em assembleia
geral da categoria, na manhã desta quinta-feira (6/4) – 23º dia de
greve.
A manutenção da greve é uma resposta ao governo Rollemberg, que
insiste em descumprir leis relativas ao Magistério Público do DF –
prejudicando os educadores, a própria educação pública e a sociedade
brasiliense como um todo. Some-se a isso a incapacidade do governo em
negociar e de apresentar uma proposta concreta que dialogue com as
reivindicações da categoria.
Em reunião com a Comissão de Negociação do Sinpro, na manhã de ontem
(quarta-feira, 5/4), o governo – pela terceira vez durante esta greve –
apresentou o mais do mesmo, repetindo o mesmo discurso de carestia de 1º
de janeiro de 2015. Como resposta às reivindicações, o GDF informou
dispor de R$ 100 milhões para pagamento da pecúnia dos servidores/as
aposentados/as de todas as categorias em 2016 e que fazem jus a ela. A
proposta, além de insuficiente, é irreal. Somente para o Magistério, o
GDF deve em pecúnia cerca de R$ 72 milhões. Para o conjunto dos
servidores, esse valor salta para R$ 210 milhões.
As negociações se encerraram com esta proposta.
Vale lembrar que toda a movimentação de professores/as e
orientadores/as tem um só objetivo: fazer com que o GDF cumpra as leis,
inclusive aquelas sancionadas pelo próprio Rollemberg.
Por isso mesmo, a categoria – unida – deverá intensificar a mobilização.
Nova assembleia – Os educadores voltam a se reunir
em assembleia geral na próxima terça-feira (11/4), momento em que
avaliarão os rumos da greve. Essa assembleia poderá ser antecipada, caso
haja alguma negociação com o governo que justifique a alteração da
data.
Caso seja necessário, o comando geral de greve convocará assembleias regionais.
A assembleia de hoje também aprovou ações nas cidades na sexta-feira (7/4) e durante o fim de semana.