Terça, 12 de setembro de 2017
Douglas Corrêa - da Agência Brasil
O secretário de Defesa Civil do estado do
Rio de Janeiro e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Ronaldo
Alcântara, pediu exoneração do cargo na tarde de hoje (12) após a operação que prendeu bombeiros militares envolvidos em
um esquema de venda de alvarás para funcionamento de estabelecimentos
comerciais, casas de espetáculos e até estádios de futebol. A informação
foi confirmada pelo Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Dois assessores diretos do secretário de Defesa Civil estariam envolvidos no esquema. O
atual subcomandante-geral e chefe do Estado-Maior Geral, coronel
Roberto Robadey, responderá pelo comando da corporação, bem como pela
secretaria de Estado de Defesa Civil, por determinação do governador.
A
Secretaria de Defesa Civil vai divulgar um comunicado sobre o pedido de
exoneração do secretário ao governador Luiz Fernando Pezão.
Até
o momento, já foram cumpridos 34 dos 38 mandados de prisão expedidos
pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. A ação foi realizada nas casas dos
suspeitos, quarteis do Corpo de Bombeiros e sede de empresas
envolvidas.
Os dois assessores do secretário indicavam os
comandantes das unidades, que contavam com a participação dos bombeiros
lotados no setor de Engenharia, além de bombeiros da reserva e civis,
que intermediavam os pagamentos das propinas pagas por empresários para
obtenção do documento que permitia o funcionamento do empreendimento.
Fluminense
Na
ação, foi identificada também a falta de um documento para liberação,
no ano passado, do Estádio Giulite Coutinho, do clube América, em Edson
Passos, na cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense. O estádio era
usado pelo Fluminense.
O Fluminense informou, por meio de nota,
que" jamais se valeu de práticas ilegais e nem se utilizou de vantagens
indevidas com qualquer órgão público. O clube repudia atitudes
irregulares em todas as suas formas e preza pelo cumprimento da
legislação em vigor. O Fluminense sempre cumpriu todas as exigências
necessárias para atuar dentro da normalidade. A instituição se coloca à
disposição para o que for necessário".