Sábado, 14 de outubro de 2017
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

Distanciamento popular e dificuldades de manter a base governista unida tornam governador impaciente
Por Chico Sant’Anna
A proximidade das eleições, as dificuldades de manter unida a base de
apoio partidário – o PDT é o mais recente partido a abandonar o barco
-, e o distanciamento de organizações da sociedade civil que o apoiaram
nas eleições de 2014 parecem estar deixando o governador Rodrigo
Rollemberg num estado irritadiço, bastante diferente daquele apresentado
por ocasião das rodas de conversas no período pré-eleitoral, há quase
quatro anos.
Pouco aberto a criticas, o governador recebeu uma delegação de vinte
entidades comunitárias do DF, insatisfeitas com as propostas de
políticas urbanas, ambientais e de mobilidade, dentre uma relação de
quatorze pontos que compuseram uma carta aberta à população que provocou
a reunião.
Para entender as críticas das entidades comunitárias, leia também:
- Rollemberg repetindo Agnelo
- Urbanismo: A briga agora é na Justiça
- Urbanismo: GDF elabora plano para privatizar áreas públicas
As organizações defendiam mais estudos técnicos e, principalmente dos
impactos na crise hídrica, antes de se avançar nas propostas da nova
LUOS, e de propostas de mudanças urbanísticas, tais como a implantação
da segunda Etapa do Taquari, na Serrinha do Paranoá, do Adensamento
Urbano do Park Way, das mudanças de destinação de uso de áreas hoje
consideradas apenas residenciais e do recém-anunciado Planap – pelo qual
poderá haver uma proliferação de puxadinhos em todo o Distrito Federal,
atropelando os projetos urbanísticos elaborados para cada uma das
cidades.