Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 13 de junho de 2020

Eduardo Pazzuello: o “cara” da Saúde em tempo de pandemia com mais de 40 mil mortos no País age como Secretário do Diabo na comissão especial da Câmara

Sábado, 13 de junho de 2020
Do Blog Bahia em Pauta
Pazzuello na comissão da covid-19 na Câmara: empáfia, despreparo e desrespeito às vítimas da pandemia.

ARTIGO DA SEMANA
Pazzuello: o “cara” (tosco) da Saúde na Covid-19

Vitor Hugo Soares
Ao assistir a participação do ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, na comissão especial da Câmara dos Deputados, na terça-feira passada – a ponto de quase arrebentar de empáfia, descaso e desinformação  quanto à relevante função pública que exerce em tempos tão graves da pandemia Covid-19 – além da ignorância, tão estranha quanto lastimável, de lições primárias de Geografia e até das quatro estações do ano no País aonde nasceu, estudou e fez carreira a ponto de alcançar um dos postos mais elevados das Forças Armadas – lembrei imediatamente do coco magistral “O Secretário do Diabo”, do imortal Jackson do Pandeiro. Neste caso , o Tinhoso parece ter preferido mandar como representante um general de quatro estrelas da Infantaria do Exército Brasileiro. Uma lástima.
Meu Santo Antônio da Glória! Em plena celebração do seu dia (13/6), o jornalista – um ateu que já acreditava nos milagres do poderoso santo português desde menino da beira do São Francisco (rio da minha aldeia), muito antes de visitar seu templo maior de devoção, na italiana Pádua, e me ver ajoelhado diante de seu túmulo –, pergunta, meio desconcertado e com vergonha: O que se há de fazer, meu santo?
“O Diabo quando não vem, manda um secretário. Eu não vou nessa canoa, que eu não sou otário”, canta o insuperável ritmista da música popular brasileira, agora através do computador. Tiro e queda, diga-se a bem da verdade e do fato jornalístico, se comparado com a atuação tosca do ministro da Saúde do ponto de vista das informações e domínio dos dados e problemas específicos da pasta entregue pelo presidente da República ao general de infantaria, “eficiente cumpridor de ordens”, nesta quadra tão angustiante e temerária da saúde pública nacional. Mas, para surpresa geral, precário e sofrível até em termos de conhecimentos gerais primários, a partir do fato de que estamos falando de um oficial do mais alto rango das nossas Forças Armadas.
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