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(Millôr Fernandes)

sábado, 31 de outubro de 2020

Ibaneis ataca empresas públicas e privatização chega ao BRB

 Sábado, 31 de outubro de 2020

Do Sindicato dos Bancários de Brasília — 30 de outubro de 2020


O governo Ibaneis lança mais um ataque contra as empresas públicas do DF. Além de insistir ferozmente na privatização da CEB, sobre a qual quer evitar a todo custo o debate na Câmara Legislativa, e mesmo com promessas de campanha feitas quando candidato de jamais privatizar empresas públicas do DF, agora os empregados do BRB são surpreendidos com um projeto de privatização de duas das subsidiárias do banco, a DTVM e a Corretora de Seguros BRB.

Há projeto elaborado pelo banco BTG Pactual – banco vinculado ao privatista Paulo Guedes, ministro da Economia -, de criação de “joint ventures” que transformam a DTVM e a Corretora de Seguros em empresas privadas, cujos sócios que entrarem no negócio terão 50,1% para assegurar o controle acionário. Atualmente, a DTVM é 100% do banco e a Corretora de Seguros BRB 69,7%. Da corretora, os demais 30,3% pertencem à Associação dos Empregados do Banco de Brasília (AEBRB).

O arranjo pretendido pelo governo é desvantajoso para o BRB, pois o pretenso sócio não terá nenhuma das ações preferenciais da empresa a ser formada, o que joga a suspeição de que a maior parte do capital seja pública, visto que 49,9% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais continuarão sendo do BRB.

Para Alexandre Assis, diretor do Sindicato e bancário do BRB, “é uma jogada nos mesmos moldes do que ocorre em nível federal, onde os privatistas Bolsonaro/Guedes vão entregando partes das estatais de forma a ir destruindo pelas beiradas as sólidas empresas públicas como Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa”.

A benevolência do negócio para com o sócio privado, no caso da DTVM, segundo comentários correntes no BRB, chega ao ponto de que este não precisará aportar um centavo sequer na “joint venture”. Todo o capital a ser detido na nova empresa serão fruto da “expertise e portfólio”, ou seja, o sócio passará a controlar a DTVM sem o BRB ou o governo receberem absolutamente nada.

“Juntamos nossas forças à dos companheiros da CEB, Metrô e Caesb na luta em defesa das estatais do DF. Temos uma frente com esta finalidade e vamos intensificar o trabalho para mostrar como é danosa esta tentativa do governo de se desfazer das empresas públicas do DF”, comenta o secretário de Assuntos Parlamentares do Sindicato e bancário do BRB, Ronaldo Lustosa.

Da Redação

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E durante a campanha para governador...