Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Será Arthur Lira o mentor dos cortes no FCDF?

Quarta, 28 de junho de 2023
Celina Leão e Arthur Lira, ambos do Partido Progressista com visões diferenciadas sobre o FCDF. Foto de Rafaela Felicciano.

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Quem será o pai da criança? Quiseram atribuir a paternidade ao Chefe da Casa Civil, Rui Costa, mas todos indícios apontam que o berço da facada no orçamento do DF está no Partido Progressista, cujo presidente, senador Ciro Nogueira votou contra o restabelecimento das regras de custeio da Saúde, Segurança e Educação da Capital Federal. Na primeira votação, na Câmara dos Deputados, além do relator, Cláudio Cajado, também do PP, 95,6% dos pepistas votaram contra Brasília. Postura deixa em situação ruim a vice-governadora, Celina Leão, igualmente integrante do PP.

Por Chico Sant’Anna
Aos poucos vai ficando evidente que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), é um dos mentores do arrocho orçamentário de Brasília, proposto via arcabouço fiscal. Se não fosse simpático à ideia, o parlamentar que é do mesmo partido da vice-governadora, Celina Leão, já teria matado a proposta na raiz. Agora, depois que o Senado, por ampla maioria, reestabeleceu as bases do Fundo Constitucional do DF, o presidente da Câmara, onde haverá a derradeira votação do arcabouço fiscal, ainda coloca dúvidas se a Casa irá ratificar a versão que vem do Senado, ou se irá manter a sua proposta original de arrocho. Como Dionísio, o velho tirano de Siracusa, Arthur Lira está com a espada de Dâmocles sobre as cabeças de Ibaneis Rocha (MDB), Celina Leão e de todos os três milhões de brasilienses.

Quando o tema ainda era dúvida no Senado Federal, Arthur Lira chegou a garantir a representantes da classe política brasiliense que a Câmara manteria o que fosse decidido pela Casa Alta. Talvez não acreditasse que o FCDF fosse restabelecido pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), relator do novo arcabouço fiscal. Quando os senadores reconheceram a importância da verba para manter a Saúde, a Educação e a Segurança Pública, Lira mudou o discurso.

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