Terça, 20 de junho de 2023
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Brasília poderia ser a porta de entrada de um turismo internacional que deve ser aproveitada para ampliar os dias de permanência desses estrangeiros, aquecendo a ampliando a cadeia produtiva do turismo brasiliense” – diz o ex-superintendente do Sebrae-DF, Valdir Oliveira. Cúpula da América do Sul reuniu delegações de doze países. Foto de Ricardo Stuckert.
Por Chico Sant’Anna
A posse do governo de Luís Inácio Lula da Silva, mais afeito às agendas internacionais do que seu antecessor, trouxe de volta a Brasília uma movimentação que há muito não se via. A vinda de autoridades internacionais, presidentes, chanceleres se multiplicou. Só esse ano foram quatro visitas do presidente da Argentina, Alberto Fernández. Para lembrar alguns nomes, estiveram por aqui recebe o Chanceler da Alemanha Olaf Scholz, o 1º ministro da Holanda, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chanceler da Rússia, da Rússia, Sergei Lavrov, dentre outros. Isso sem contar com a realização de cúpulas, como a dos países da América do Sul, que reuniu líderes de doze países, e a do Fórum São Paulo, com previsão para 22 delegações. Todos esses eventos agitam a economia local, movimentam hotéis e restaurantes, injetam dólares na cidade. Mas estará Brasília, seus agentes de turismo – privados e públicos – aproveitando corretamente essa exposição internacional?
Com a reaproximação de líderes latino americanos, as delegações sul americanas trouxeram impactos positivos a Brasília. Movimentaram redes de hotelaria, alimentação, transporte e comunicação, gerando assim novas oportunidades de emprego e renda” – registra a empresária Juliana Gama, da Trecho Turismo.
Atrás de cada autoridade dessa, existe um séquito que as acompanha. Alguns chegam até antes para preparar o solo. A entourage envolve ainda imprensa, observadores internacionais, empresários. E isso já é sentido pelo empresariado local do setor. “O número de turistas em geral quase triplicou nos primeiros meses de 2023. Com a reaproximação de líderes latino americanos, as delegações sul americanas trouxeram impactos positivos a Brasília. Movimentaram redes de hotelaria, alimentação, transporte e comunicação, gerando assim novas oportunidades de emprego e renda” – registra a empresária Juliana Gama, da Trecho Turismo.
Esse fenômeno se deve ao fato de que não são só as autoridade que aparecem nos holofotes que consomem na cidade. Embora, essas luzes são importantes para a inserção internacional de Brasília. No início do ano, a foto do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, a nadar no Lago Paranoá, numa tranquila manhã de sábado, correu o mundo. O Paranoá também atraiu o assessor especial para o clima do governo dos EUA, John Kerry, que além de visitar a Catedral foi saborear caipirinha num cube de Wind surf.
John Kerry (à esquerda), assessor para o Clima dos EUA, e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, desfrutaram o sol à beira do Lago Paranoá, quando de suas visitas a Brasília.
