Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 11 de junho de 2011

IstoÉ: A volta de Bené, o operador

Sábado, 11 de junho de 2011
Da revista IstoÉ
Responsável por montar estrutura de campanha petista em 2010, Benedito de Oliveira ressurge em Brasília e, em menos de seis meses, ganha contratos de mais de R$ 50 milhões com o governo federal
Sérgio Pardellas

O empresário mineiro Benedito de Oliveira, conhecido no PT como Bené, ganhou notoriedade na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pela maneira meteórica com que ampliou seus negócios. Com serviços prestados ao governo por suas três empresas, Gráfica Brasil, Dialog e Projects Brasil, Bené conseguiu, em apenas quatro anos (2005-2009), sair de um faturamento de R$ 494 mil para R$ 87,3 milhões. Não apenas em razão de seu tino comercial, porém, ele ocupou no ano passado o centro dos holofotes da capital. Como um dos responsáveis por montar a estrutura da campanha petista, Bené tornou-se personagem da eleição presidencial quando foi flagrado num controvertido episódio. Ele participou da famosa reunião do restaurante Fritz, em Brasília, onde representantes do partido contratavam uma equipe de contrainformação para a batalha eleitoral. Na esteira do escândalo, o empresário viveu dias amargos. Virou alvo do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) e teve de submergir. A saída de cena provocou uma redução de quase 60% no seu faturamento em 2010.