Quarta, 6 de fevereiro de 2013
Por Prof. Frederico Flósculo Pinheiro Barreto
Na história desse primeiro Plano de Preservação do Conjunto
Urbanístico de Brasília (PPCUB) assistimos a episódios impressionantes
de truculência governamental – entre as quais destacamos:
(a) A sistemática omissão, por parte do GDF, de informações vitais para a
cidadania entender, acompanhar e criticar a evolução da proposta de
Preservação, que se tornou num verdadeiro “Plano Diretor de Modificações
e Fatos Consumados no Urbanismo de Brasília”, que gerou uma
representação do MP contra a Secretaria capitaneada por Geraldo Magela, o
político urbanista;
(b) A impressionante desqualificação de uma das mais importantes e
especializadas equipes de planejamento urbano e patrimonial, que fora
contratada para elaborar o PPCUB, mas que não obedeceu às diretrizes
políticas do GDF – que nada tinham a ver com a preservação do Conjunto
Urbanístico, mas com a justificativa de inúmeras irregularidades
perpetradas pelos governos passados e presente;
(c) A CRIMINALIZAÇÃO DA CRÍTICA AO GDF, uma tentativa escabrosa e
desesperada de calar a boca dos urbanistas que tiveram a coragem de
criticar a atuação do GDF ao longo do processo de elaboração desse
PPCUB, com pelo menos uma notável (por esse ato criminalizador)
urbanista do GDF a registrar BOLETIM DE OCORRÊNCIA CRIMINAL contra este
crítico aqui.
Neste momento a proposta do GDF para o PPCUB está a tramitar na
Câmara Legislativa do Distrito Federal, e sua forma final nada tem a ver
com os elevados objetivos traçados para um verdadeiro Plano de
Preservação. Não há um traço de relevância para a Educação Patrimonial.
Não há responsabilização e habilitação da comunidade no processo de
preservação do patrimônio urbano. Todo o poder ao governo e seus
apoiadores (imobiliários e famintos por abocanhar espaços físicos da
Capital, sobretudo).