Sexta, 11 de novembro de 2011
Vemos os movimentos do governo federal, e de sua base
parlamentar de sustentação no Congresso, num esforço enorme para blindar o
governador de Brasília, Agnelo Queiroz, hoje no olho de um furacão da corrupção
que abate os cofres públicos federais. Seria ingenuidade achar que essa
movimentação toda para proteger, para segurar, para estabilizar o governador, é
tão somente pela confiança que depositam em Agnelo. Não, não é por isso.
Depois de cinco ministros que caíram
por suspeita de corrupção, diga-se de passagem, por méritos exclusivos da
imprensa, a queda do governador de Brasília desnudaria de vez o que aconteceu
no governo federal no período Lula, que também foi um período de Dilma. Afinal,
ela ganhou a eleição por ter sido a gerenta (já que hoje é presidenta), a
super-ministra, a coordenadora dos ministérios e programas do governo Lula.
Alguns achavam que a corrupção no
governo Lula se cingiu ao famoso e degradante Mensalão. Depois do mensalão as
coisas teriam, achavam alguns ingênuos, entrado nos eixos. Mas a realidade foi
outra. Na Agricultura, a roubalheira geral. Nos transportes a coisa foi feia; no
Turismo as ONGs e “servidores” públicos fizeram a festa com o dinheiro do povo.
Palocci foi outro que saiu acusado de falcatruas, de enriquecimento relâmpago.
Recentemente o constrangedor episódio do ministro Orlando Silva, do Esporte,
que foi dileto auxiliar do na época ministro Agnelo.
As acusações e investigações sobre
o governador Agnelo têm muita coisa de quando ele era do governo Lula/Dilma,
tanto no Esporte como na Anvisa, que de vigilância deixou a desejar.
Então, as acusações que recaem
sobre Agnelo são acusações também sobre a corrupção no governo Lula, que botou
Dilma para tomar conta dos ministros. A gerentona eficaz, se todas essas
acusações forem comprovadas, perderia assim sua imagem de durona e de eficiente.
Daí o esforço do governo federal em
salvar Agnelo. Claro que nenhum partido quer perder um governador. Mas que a principal
motivação é outra, é.