Sexta, 22 de junho de 2012
Carolina Pimentel e Luciana Lima
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
A maioria do Senado do Paraguai aprovou a perda do
mandato do presidente Fernando Lugo. O placar foi 39 votos favoráveis ao
impeachment, 4 contrários e dois ausentes.
Dos 45 senadores titulares, eram necessários 30 votos a favor para destituir Lugo do cargo. O processo de impeachment foi aberto ontem (21) de maneira inesperada pela Câmara dos Deputados.
O vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal, que apoiou o
pedido contra Lugo, deve assumir o comando do país. Grupos de movimentos
sociais estão concentrados em frente ao Congresso em apoio a Lugo,
eleito em 2008.
Os parlamentares apresentaram cinco acusações formais contra o
presidente: apoio de Lugo à manifestação de jovens de esquerda no
Comando de Engenharia das Forças Armadas, em 2009; obrigar militares a
se submeter às ordens de sem-terra; falta de competência para combater
atos de violência no país; ações dos guerrilheiros do EPP (Exército do
Povo Paraguaio), responsável pelo confronto entre policiais e camponeses
na semana passada, que culminou na morte de 17 pessoas; e violação das
leis paraguaias ao ratificar Protocolo de Ushuaia 2, que prevê
intervenção externa caso a democracia esteja em perigo.
Os advogados de Lugo alegam que o presidente é vítima de perseguição
política, que a condução do julgamento político tem sido feita de forma
ilegal e injusta e não existem provas que Lugo incorreu em mau
desempenho de suas funções.