Domingo, 24 de junho de 2012
Secretário-geral da organização criticou impeachment no país sul-americano; corte panamericana de direitos humanos chamou processo de 'paródia de Justiça'.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José
Miguel Insulza, questionou neste sábado o processo que levou ao
impeachment do ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em menos de 24
horas em Assunção.
Através de nota, José Miguel Insulza disse que a destituição de Lugo
foi um "julgamento sumário que, ainda que formalmente apegado à lei, não
parece cumprir com todos os preceitos legais do Estado de direito de
legítima defesa".
"O que nos preocupa não é somente o respeito ou a falta de respeito à
lei, mas que a norma escrita seja interpretada de forma propícia para
alterá-la com fatos."
Em nota separada, a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos
(CIDH), ligada à OEA, disse que o processo é uma "paródia de Justiça".
"É uma paródia da Justiça e uma afronta ao Estado de Direito remover
um presidente em 24 horas, sem garantias para se defender", qualificou o
secretário-executivo da CIDH, Santiago Canton. Os dois órgãos têm sede
em Washington. Leia a íntegra
Fonte: O Estado de S. Paulo