Sexta, 22 de junho de 2012
Do MPDF
O Tribunal do Júri de Taguatinga
acolheu a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (MPDFT) e levará à júri popular o empresário Constantino de
Oliveira – conhecido como Nenê Constantino – e outras quatro pessoas
acusadas de envolvimento no homicídio de Márcio Leonardo de Sousa Brito,
ocorrido em 2001. A data do julgamento ainda não foi marcada. Os réus
ainda podem recorrer da decisão.
Segundo a denúncia, Vanderlei Batista
Silva, João Alcides Miranda e João Marques dos Santos se uniram para
retirar moradores que se instalaram em um terreno pertencente à
Constantino e se recusavam a sair do local. Márcio Leonardo de Sousa
Brito, líder da associação de moradores, foi executado por Manoel
Tavares – contratado para realizar o crime. Manoel, posteriormente,
morreu vítima de assassinato.
O juiz do Tribunal do Júri de
Taguatinga, João Marcos Guimarães Silva, determinou que Constantino e
Vanderlei Batista Silva permaneçam em prisão domiciliar até o
julgamento. O empresário, por ter 80 anos e estar com a saúde
debilitada, foi favorecido pelo artigo 318, incisos I e II, do Código de
Processo Penal. Já Vanderlei está com um câncer em estado avançado,
enquadrando-se na mesma situação.
Também é réu no processo o genro de
Constantino, Victor Bethônico Foresti, por ter oferecido, por duas
vezes, vantagem a testemunha, com o propósito de que seu sogro fosse
isento da participação no crime cometido contra Márcio Leonardo de Sousa
Brito. Quanto a esse crime, também foram pronunciados “Nenê”, Vanderlei
Batista e João Alcides Miranda. O processo encontra-se em segredo de
justiça, por ter sido decretada a quebra dos sigilos telefônico e bancário.
Processo: 2002.07.1.000644-9