Sábado, 23 de junho de 2012
Trapaça eleitoral resultou na denúncia contra um grupo de petistas rasos. Apesar das evidências, não se descobriu de onde veio o dinheiro, muito menos quem foi o mandante da operação
Rodrigo Rangel e Otávio Cabral
 Na semana passada, a Justiça Federal abriu processo contra nove 
envolvidos no escândalo dos aloprados, aquele em que petistas foram 
presos em São Paulo, às vésperas das eleições de 2006, quando se 
preparavam para comprar um dossiê fajuto que serviria para enredar 
políticos do PSDB com a máfia que fraudava licitações no Ministério da 
Saúde. A decisão sugere que mais uma jogada rasteira de petistas 
interessados em se perpetuar no poder à base de práticas escusas — entre
 as quais o mensalão desponta como exemplo mais degradante — será, 
depois de seis anos, finalmente punida. Ledo engano. Os aloprados 
levados às barras dos tribunais são militantes de baixo escalão e meros 
tarefeiros a serviço de próceres do partido. Eles vão responder a um 
processo manco, que não esclarece duas das principais dúvidas 
relacionadas ao caso: quem encomendou a trapaça eleitoral e de onde saiu
 o dinheiro que financiaria a operação. Se essas questões não forem 
explicadas, restará a certeza de que compensa investir no vergonhoso 
vale-tudo que impera na política brasileira. Afinal, como castigo, só 
uma arraia-miúda do PT ficará pelo caminho. Leia mais Revista Veja
 
 
 
