Segunda, 7 de agosto de 2012
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Com depoimento marcado para a próxima quarta-feira (8), na
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, Andrea
Aprígio de Souza, conseguiu hoje (6) uma liminar no Supremo Tribunal
Federal (STF) que garante a ela o direito de se calar.
Andrea é ex-mulher do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, cujas atividades são objeto de investigação das
operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal.
O habeas corpus foi concedido pela ministra Rosa Weber. Na
decisão, a ministra alegou que os requerimentos que resultaram na
convocação a acusam de envolvimento nas atividades ilícitas
investigadas. Dessa forma, ela não pode ser considerada somente uma
testemunha, e sim, investigada.
“A paciente pode, como potencial investigada, ser ouvida, mas com o
resguardo dos direitos constitucionais e legais decorrentes dessa
condição”, disse a ministra no documento.
Andrea é suspeita de ser "laranja" de Cachoeira. Cachoeira é acusado de
comandar uma organização criminosa que teria cooptado empresários e
políticos. O grupo é investigado por atividades como jogos ilegais,
tráfico de influência, fraudes em licitações, entre outras ações.