Segunda, 29 de outubro de 2012
Renata Giraldi*Repórter da Agência Brasil
Brasília – As eleições municipais no Chile, ocorridas ontem (28),
indicaram o desânimo do eleitorado. Pelos dados oficiais, 70% do total
de 13 milhões de eleitores se abstiveram de votar para prefeito e
vereadores. Dos 30% que foram às urnas, a maioria escolheu candidatos de
esquerda e de centro, derrotando os partidos conservadores.
No Chile, o voto é facultativo. Até 2008, era obrigatório. Analistas políticos chilenos disseram que o protagonista das eleições foi o alto nível de abstenção. Para os analistas, a abstenção indica a apatia política no país. A campanha no Chile foi dirigida aos jovens.
As convocações para a abstenção foram incentivadas pela Assembleia
Coordenadora de Estudantes Secundários. A porta-voz , Eloisa Gonzalez,
disse que o apelo é uma forma de repudiar atos e práticas políticas.
Os partidos da aliança do presidente do Chile, Sebastián Piñera,
perderam um dos principais redutos eleitorais do país - Santiago, a
capital. A candidata Carolina Toha, do Partido para a Democracia, venceu
o atual prefeito Pablo Zalaquett, da União Democrática Independente.
Uma derrota considerada emblemática é a de Cristián Labbé, que
integrou o governo do ex-presidente Augusto Pinochet (1973-1990) . Ele
foi derrotado pela candidata independente Josefa Errázuriz. Labbé tentou
governar Providencia, uma das principais cidades do Chile.
*Com informações da agência estatal de notícias de Cuba, Prensa Latina.