Quarta, 31 de outubro de 2012
Da Agência Senado
Anderson Vieira
O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), informou
há pouco que já obteve o número de assinaturas necessárias para
prorrogar os trabalhos da comissão por 48 dias. O parlamentar disse que o
documento foi protocolado no início da tarde na Mesa do Congresso e já
pode ser lido no Plenário.
Os defensores de uma prorrogação maior das atividades da comissão -
por até 180 dias - já informaram não terem esperanças de conseguirem o
apoio necessário. Para que a CPI não seja encerrada no próximo dia 4 de
novembro, é preciso o apoio de pelo menos 27 senadores e de 171
deputados.
A reunião administrativa da CPI mista desta quarta-feira (31) foi
encerrada pouco depois das 12h, com a aprovação do pedido de adiamento
da votação de mais de 500 requerimentos previstos na pauta, o que
provocou a revolta de alguns parlamentares, defensores de novas quebras
de sigilos de empresas ligadas à construtora Delta.
A próxima reunião da CPI será na próxima semana, em dia ainda a ser
definido pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
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Sem máscara
Depois de se esgueirar, fazer rodeios, mudar o discurso e esgotar a
utilidade dos holofotes e câmeras que acompanhavam as sessões, hoje,
enfim, a base aliada deu o tapa na mesa e deixou claro: ninguém quer a
continuidade da CPI do Cachoeira. Não houve acordo.
O motivo é simples: há na lista dos pedidos de quebra de sigilo
pelo menos doze empresas que apresentam risco a governos de PT e PMDB.
Por razões matemáticas, sem essas duas bancadas, não há o que ande no
Congresso. Miro Teixeira saiu da reunião suando:
- O que irrita é a demagogia. Há a versão para a plateia e outra a
portas fechadas. Quando liga a luz da câmera, todos dançam cancan,
jogando as perninhas feito prostitutas e defendendo a prorrogação. Na
reunião, a conversa é outra, inclusive por parte da oposição.
Fonte:
Lauro Jardim - Radar on-line Veja